Organizações como a American Civil Liberties Union pressionam Obama pelo abrandamento da pena de Manning
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Organizações como a American Civil Liberties Union pressionam Obama pelo abrandamento da pena de Manning

Barack Obama pode comutar a pena de Chelsea Manning, a ex-soldado transgênero norte-americana que foi condenada a 35 anos de prisão por revelar segredos do Exército do país no site Wikileaks, como um de seus últimos atos na Presidência dos Estados Unidos. 

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Segundo o portal norte-americano "NBC News", uma fonte do Departamento de Justiça dos EUA que preferiu não se identificar afirmou que o nome de Manning pode estar presente na na última lista de comutação do mandatário. Obama já realizou mais "atos de clemência" nos seus dois mandatos que os últimos nove presidentes do país.

No ano de 2013, Manning havia pedido pela primeira vez o perdão ou a comutação da sua pena ao presidente, tentando reduzir seu tempo de encarceramento. A prisioneira, que entregou mais de 700 mil documentos sigilosos dos Estados Unidos ao Wikileaks, já tinha enviado uma carta ao democrata, assinada pelo advogado David Coombs, junto a um pedido da Anistia Internacional (AI).

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Na época, o presidente norte-americano já havia recebido o total de 1.496 pedidos de indulto e 8.313 de penas alternativas a Manning. No último mês de dezembro, mais de 100 mil pessoas assinaram uma petição para que a sentença de Manning fosse comutada. Organizações do país, como a American Civil Liberties Union e outras ONGs LGBT, também apoiam a causa abertamente.

Edward Snowden, ex-analista de sistemas da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) que foi responsável por vazar milhões de documentos sigilosos de espionagem do governo norte-americano à imprensa, também foi autor de um pedido de clemência à Manning.

"Senhor presidente, se você conceder um único ato de clemência antes de sair da Casa Branca, por favor: liberte Chelsea Manning. Você sozinho pode salvar a vida dela", publicou Snowden em seu Twitter na última quarta-feira (12).

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Em 2010, Manning se declarou culpada das declarações. Ela pediu desculpas no tribunal pelos danos que suas ações causaram à população norte-americana e ao país e já cumpriu seis anos da sua pena, o que a ajudaria a receber a comutação de Obama. A ex-soldado tentou se suicidar duas vezes no último ano e fez uma greve de fome ao terem recusado que ela fizesse a cirurgia de transição de sexo. Em setembro, no entanto, Manning conseguiu o aval do Exército para a cirurgia.

*Com informações da Ansa

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