Papa lamenta morte de detentos em presídio de Manaus, no Amazonas
EPA/Observatório Romano/Agência Lusa
Papa lamenta morte de detentos em presídio de Manaus, no Amazonas

O papa Francisco fez orações, nesta quarta-feira (4), pelas vítimas da rebelião no presídio de Manaus, no Amazonas. Ao todo, 56 pessoas morreram durante o motim que aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

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As orações aconteceram durante a primeira audiência geral de 2017. No final do evento, o papa declarou sentir "dor e preocupação" pelo que aconteceu.

"Ontem, chegaram notícias dramáticas do Brasil sobre o massacre ocorrido no presídio de Manaus, onde um violentíssimo confronto entre grupos rivais causou dezenas de mortes", disse o pontífice.

"Exprimo dor e preocupação pelo que aconteceu. Convido a todos para rezar pelos mortos, pelos seus familiares, por todos os detentos daquele presídio e por aqueles que lá trabalham."

Após um momento de silêncio, ele pediu que os presídios de todo o mundo "sejam locais de reinserção, que não sejam superlotados" e concluiu solicitando que todos rezassem uma Ave Maria.

"Renovo meu apelo para que os institutos penitenciários sejam locais de reeducação e de reinserção social e as condições de vida dos presidiários sejam dignas de pessoas humanas", pediu o papa.

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O papa Francisco manifesta apreço pela questão dos encarcerados, pedindo condições dignas e humanas para gestores do sistema prisional de todo o mundo. Ele, inclusive, visita prisões ao redor do mundo - sempre que possível - quando faz viagens internacionais.

Anistia Internacional

A Anistia Internacional divulgou uma nota nesta terça-feira (3) cobrando a imediata investigação do massacre e criticando a superlotação do Compaj. Segundo dados da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas, o complexo abrigava 1.200 detentos, embora tenha capacidade para apenas 454.

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"A superlotação e as péssimas condições do Complexo Anísio Jobim, assim como do sistema prisional do Amazonas como um todo, já tinham sido denunciados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Mas as autoridades não adotaram as medidas necessárias e a situação apenas se deteriorou", aponta a Anistia que, assim como o papa, focou nas condições do presídio.

* Com informações da Agência Ansa.

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