Toneladas de lixo são recolhidos da BR-040
EPR/Divulgação
Toneladas de lixo são recolhidos da BR-040

Uma empresa mineira retirou mais de 300 toneladas de lixo da BR-040, que liga Belo Horizonte a Juíz de Fora, desde agosto de 2024. Os dejetos incluem até restos de móveis e são um risco para a segurança rodoviária local.

317,5 toneladas em estrada


A BR-040 tem cerca de 1,1 mil quilômetros de extensão. Só no trecho administrado pela EPR Via Mineira, que vai de Belo Horizonte a Juiz de Fora (232 quilômetros), em pouco mais de cinco meses, foram acumuladas  317,5 toneladas de lixo descartado de modo inapropriado nas vias.

Como explicou a EPR Via Mineira, concessionária responsável pelo trecho, a quantia é suficiente para encher 30 caminhões. A via é sinalizada de modo a instruir sobre a prática, mas números são expressivos.

O período de maior recolhimento foi o das festas de fim de ano, em dezembro.
O trecho de maior descanse foi entre os quilômetros 610 e 630, entre as cidades de Congonhas e Conselheiro Lafaiete, e os objetos mais recolhidos são entulho, móveis e outros materiais volumosos.

Lixo ameaça segurança

Como explicou Maurício Cavalli, gerente de engenharia da EPR Via Mineira, jogar lixos em rodovias é irregular e pode ser uma prática perigosa:

“Além dos impactos ambientais, descartar lixo às margens da rodovia representa um sério risco à segurança dos motoristas, pois podem comprometer a visibilidade, atrair animais para a pista e exigir manobras bruscas, aumentando o risco de acidentes. Além disso, o acúmulo de resíduos funciona como um catalisador para doenças, impactando diretamente as comunidades que vivem próximas à rodovia".



O esforço da empresa é distribuir placas educativas ao longo da rodovia, sinalizando que é proibido jogar lixo na pista e nas margens.

“As equipes de conservação realizam o trabalho diário de limpeza nas áreas da rodovia, o que garante condições seguras para os motoristas, mantém a funcionalidade da via, preserva o meio ambiente e reduz os riscos de acidentes. No entanto, é essencial que a população se envolva ativamente para ajudar a resolver esse problema”, explicou.

Além de perigoso, descarte irregular figura um crime ambiental e as pessoas que praticam podem sofrer consequências.

** Jornalista pelo Mackenzie e cientista social pela USP, trabalha com redação virtual desde 2015 e teve passagem em grandes redações do Brasil. Curte cultura, política e sociologia.

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