Ministra Marina Silva
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Ministra Marina Silva


Pela primeira vez em quatro anos consecutivos, o desmatamento anual na Amazônia atingiu um índice abaixo de 10 mil km², representando uma notável redução de 22,3% em relação ao período anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9).

Os índices são do programa Prodes, do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), reconhecido como fonte oficial de informações sobre desmatamento e utilizado na formulação de políticas públicas.

Durante o período de agosto de 2022 a julho de 2023, a perda de floresta totalizou 9.001 km². Este resultado marca uma quebra do padrão observado nos últimos anos, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), e é considerado uma vitória para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A questão ambiental foi um foco central em sua plataforma eleitoral.

Marina Silva (Rede-SP), indicada por Lula para chefiar o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, teve um papel importante na criação do programa que contribuiu para a redução do desmatamento.

Em 2004, a Amazônia enfrentou a devastação de 27,8 mil km², atingindo uma mínima histórica de 4,6 mil km² em 2012.

Marina comemorou a conquista. "Conseguimos uma redução de 22% do desmatamento mesmo tendo uma 'contratação' de 6 mil km² do governo Bolsonaro", falou a ministra, referindo-se às taxas registradas entre agosto e dezembro do ano passado.

Desde o início de seu mandato em janeiro, o presidente Lula assumiu o compromisso de atingir o desmatamento zero até 2030, com grande parte dessas atividades concentradas na Amazônia. “Nós sabíamos que era um desafio muito grande”, comentou Marina.

O governo expressou agradecimentos pelo apoio emergencial das Forças de Segurança, incluindo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.


Reconhecendo as ações de fiscalização contra o crime ambiental nos primeiros meses da nova administração, destacou-se o aumento na capacidade de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que, segundo Marina, subiu em quase 200%.

O período considerado pelo Prodes, de agosto a julho, foi escolhido por ser o intervalo entre as estações secas da Amazônia, quando o desmatamento é facilitado pela falta de chuvas na região.

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