O novo relatório de monitoramento via satélite realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgado nesta sexta-feira, aponta que as queimadas na Amazônia tiveram um aumento de 96% em maio deste ano em comparação com o mesmo mês de 2021.
De acordo com o levantamento, foram registrados 2.287 focos de incêndio, ante 1.166 no ano anterior. O número total de queimadas bate o recorde para o mês de maio desde 1998, quando a série histórica foi iniciada. Os incêndios contabilizados no bioma também tiveram uma somatória pelo menos 6 vezes maior do que em abril deste ano (384 focos).
O Cerrado também foi outro bioma que teve forte crescimento no número de queimadas em maio: a alta foi de 35% em 2022, comparado a 2021. Ao todo, sofreu 3.578 incêndios, ante 2.649 no ano passado –um recorde para o período.
Nos 5 primeiros meses de 2022, o Cerrado acumula 6.630 focos de incêndio, segundo o Inpe. No mesmo período do ano passado foram 5.387. Já a Amazônia, registrou 4.971 de janeiro a maio de 2022, ante 4.082 nos mesmos meses de 2021.
O Inpe faz o levantamento dos focos de incêndio de todos os 6 biomas brasileiros. Além de Amazônia e Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica também são supervisionados.
Na Caatinga, foram registrados 143 focos de fogo em maio deste ano, contra 189 em maio de 2021. O número representa uma queda de 24% em relação ao mesmo mês de 2021.
No Pantanal, a alta foi de 313%, de 60 em maio de 2021 para 188 em maio de 2022. Já no Pampa, a queda foi de 91% (de 234 para 22); e na Mata Atlântica, de 48% (queda de 990 em maio de 2021 para 480 em maio deste ano).
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