Um estudo do Instituto Nacional para Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani (Inmi), com sede em Roma, na Itália, indicou que o vírus da dengue também pode ser transmitido por meio de relações sexuais.
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A pesquisa foi divulgada na publicação médica europeia Eurosurveillance e detectou a presença do vírus no líquido seminal de um italiano de 50 anos curado da doença após uma viagem à Tailândia. Os testes foram efetuados no laboratório de virologia do instituto, mediante técnicas de biologia molecular, em janeiro deste ano, nove dias após o diagnóstico de dengue no paciente.
O estudo revelou que o vírus permanece em replicação ativa no líquido seminal até 37 dias depois do surgimento dos primeiros sintomas. A dengue é transmitida geralmente pelos mosquitos do gênero Aedes aegypti e, até então, não havia sido comprovada a hipótese de contaminação via sexual, ao contrário do vírus zika.
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"O Inmi está empenhado em estudar patologias e vírus emergentes, como chikungunya, dengue e zika. Nos esforçamos para compreender por quanto tempo os pacientes permanecem positivos ao vírus após sua recuperação", explicou o diretor científico do instituto, Giuseppe Ippolito.
Até o início de abril, o Brasil havia registrado 81 mil casos prováveis de dengue , sendo 31 mil na região Centro-Oeste, 27 mil no Sudeste; 13 mil no Nordeste, 7 mil no Norte e 2 mil no Sul. Os dados são do último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
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