Desde 2015 até 2017, mais de três mil crianças foram diagnosticadas com microcefalia em todo território brasileiro
shutterstock
Desde 2015 até 2017, mais de três mil crianças foram diagnosticadas com microcefalia em todo território brasileiro

Pela primeira vez, famílias cariocas que têm filhos com microcefalia receberam, coletivamente, um termo de compromisso de entrega de apartamentos, assinado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, no Palácio da Cidade, nesta terça-feira (27).

A medida atende a portaria do Ministério das Cidades, anunciada em 2016, que dá prioridade às mães de crianças com microcefalia no programa Minha Casa, Minha Vida , dispensando-as do sorteio que é feito normalmente.

De acordo com Crivella, ele está “muito feliz de poder fazer essa entrega”. “Para terem uma ideia da importância deste momento, na fila do Minha Casa, Minha Vida na prefeitura tem 600 mil pessoas”.

Neste primeiro momento, estão sendo entregues 13 imóveis, sendo um em Santa Cruz, na zona oeste, outro em Curicica e 11 no Anil, em Jacarepaguá. São apartamentos de dois quartos, com 42 metros quadrados. A medida atende apenas a famílias da chamada faixa 1, com renda familiar mensal até R$ 1.800. A Subsecretaria Municipal de Habitação já cadastrou 120 famílias para o cumprimento da portaria.

Uma das beneficiadas, a desempregada Thainá Cristina, de 23 anos, mãe da pequena Sophia, de 1 ano e sete meses, que tem microcefalia, era uma das mais felizes ao conquistar a casa própria.

“Estamos morando de favor com a minha sogra e, agora, teremos nosso próprio cantinho. Vamos realizar o sonho de ter a casa própria. Muito bom ver que a prefeitura está cumprindo o papel de ajudar as pessoas, especialmente as que mais precisam. Agora, vamos poder criar nossas filhas com mais conforto”, comemorou Thainá.

Ao lado dela, o marido Nadson de Jesus e a outra filha do casal, Thaionara, de 6 anos, também estavam felizes. A família vai morar em um dos apartamentos construídos pela prefeitura em Santa Cruz, mesmo bairro onde já residem no Rio de Janeiro .

Leia também: SUS oferece cirurgias corretivas aos bebês infectados por zika

Microcefalia

Desde novembro de 2015 a 2 de dezembro de 2017, 3.037 bebês e crianças foram diagnosticadas com alterações no crescimento e desenvolvimento por conta da infecção pelo vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome congênita do vírus da zika é um conjunto de malformações e problemas apresentados por bebês que tiveram mães infectadas durante a gravidez.

A microcefalia é apenas uma das consequências, que podem ser danos no sistema nervoso central, epilepsia, deficiências auditivas e visuais, desenvolvimento psicomotor comprometido e outros efeitos negativos sobre ossos e articulações.

*Com informações da Agência Brasil

Leia também: Pesquisa brasileira avalia efeitos neurológicos da zika em adultos

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!