O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta quarta-feira (12), durante caminhada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que, caso vença o 2º turno das eleições, irá criar dois novos ministérios, o da Igualdade Racial e dos Povos Originários.
"Quero voltar à Presidência pra mostrar à elite que de novo um metalúrgico vai consertar esse país. A gente vai criar o Ministério da Igualdade Racial e o Ministério dos Povos Originários. Esse país terá um ministro indígena", disse.
O petista também criticou seu adversário na corrida eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL), e repetiu o pedido para que nordestinos não votem no atual chefe do Executivo Federal.
Lula estava ao lado do prefeito da capital, prefeito Eduardo Paes (PT), dos candidatos derrotados ao governo do Estado, Marcelo Freixo (PSB), e ao Senado, André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB), entre outros apoiadores.
Na comunidade, o candidato ressaltou que os governantes têm que levar "educação, saúde, lazer e cultura" aos moradores da favela.
"Esse país vai voltar a dizer que não vai ser a polícia que resolve os problemas na comunidade. Quem resolve os problemas da comunidade é o Estado. Fazer aquilo que tem que fazer, trazendo educação, saúde, lazer e cultura", disse o candidato nesta quarta.
"Nós iremos construir um país onde, em vez de armas, a gente distribua livros. Em vez de ódio, a gente distribua amor, onde o salário mínimo vai voltar a aumentar todo ano, onde os aposentados vão ter um aumento justo, onde a gente vai cuidar das pessoas com muito carinho, sobretudo acabar com o feminicídio, porque mulher não é objeto de cama e mesa. Mulher é muito importante", completou.
Lula declarou que a polícia não é a "única solução" nas comunidades e que o governo federal deve agir em conjunto com as esferas municipais e estaduais para melhorar a qualidade de vida nas periferias.
"O problema das comunidades mais pobres do Brasil é que o Estado só aparece quando tem um problema para resolver, achando que a polícia é a solução. Quando na verdade a solução é a presença do Estado no cotidiano. O Estado tem que estar na educação, tem que estar na saúde, tem que estar na cultura, tem que estar no lazer, na coleta de esgoto, no tratamento de esgoto, tem que estar presente 24 horas por dia", disse o ex-presidente.
Escolas
Um dos projetos que o PDT, partido de Ciro Gomes, colocou como contrapartida para conceder apoio à Lula, o das escolas em tempo integral, foi anunciado hoje pelo petista.
Lula declarou que pretende "cuidar da creche à universidade", já que dinheiro na educação é um "investimento".
"A questão da escola em tempo integral é uma necessidade, não apenas para as crianças serem cuidadas na escola, mas para evitar que balas perdidas matem crianças brincando nas ruas como acontece neste país", afirmou Lula.
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