O ex-ministro Ciro Gomes foi oficializado, nesta quarta-feira, como candidato à Presidência pelo PDT na convenção nacional do partido, em Brasília. O presidenciável foi aprovado como postulante na disputa ao Planalto por unanimidade entre os 280 delegados da sigla.
Sem ainda ter apoio de outros partidos, o PDT não oficializou ninguém para a vaga de vice na chapa de Ciro. Os membros da sigla votaram e aprovaram para que a escolha de quem ocupará o posto seja definida exclusivamente pela Executiva nacional. Da mesma forma, também aprovaram para que as coligações fiquem a cargo dos dirigentes pedetistas, sem que precisem ser avalizadas pelo restante da legenda.
O mesmo aconteceu na última eleição, em 2018. Naquele ano, Ciro também não tinha um vice escolhido e tampouco partidos aliados na disputa presidencial. No último dia das convenções, a senadora Kátia Abreu (TO), filiada ao PDT naquele ano, foi escolhida como companheira do presidenciável na chapa ao Planalto. Naquele mesmo dia, o Avante também declarou apoio à candidatura do ex-ministro.
Desta vez, dirigentes do partido já admitem que podem estender o prazo para definir o vice e fechar as coligações até o dia 15 de agosto, prazo final para o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ciro foi oficializado candidato no primeiro dia do prazo para as convenções partidárias. O partido aposta que, uma vez consolidado no páreo, Ciro tem mais chances de atrair apoios. A candidatura é oficializada após membros do partido serem assediados pelo PT para darem palanque ao ex-presidente Luiz Inácio Lula.
No evento, embora não tenha feito menção direta à ofensiva petista, o presidente do PDT, Carlos Lupi, foi enfático. “Esse partido não é nem será puxadinho de ninguém.”
Em ao menos dois estados, candidatos ao governo pelo PDT já demonstraram proximidade com o ex-presidente. É o caso do Maranhão, com o senador Weverton Rocha, e do Rio, com o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves. Os dois compareceram à convenção, mas apenas o pré-candidato fluminense foi chamado ao palco.
A convenção também aprovou como será a distribuição do fundo eleitoral do PDT para os candidatos a deputado, seja federal ou estadual. Para eles, a faixa dos repasses vai variar entre R$ 5 mil a R$ 100 mil. O valores serão discutidos, segundo Lupi, diretamente entre os postulantes e os diretórios regionais.
O presidente do partido justificou a diferença nos valores por ter candidatos com mais chance de vitória do que outros. Lupi afirmou ainda que aqueles que já tiverem mandato receberão o teto dos valores.
“Você não pode tratar igual as pessoas diferentes, pessoas com potenciais diferentes”, disse.
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