Salas de aula seguirão vazias por mais algum tempo no Rio de Janeiro
Pixabay
Salas de aula seguirão vazias por mais algum tempo no Rio de Janeiro

As aulas da rede municipal do Rio foram suspensas após decisão liminar na noite deste domingo. A sentença foi dada pelo juiz Roberto Câmara Lacé Brandão durante o plantão judiciário e cabe recurso. A decisão, que  não afeta as escolas estaduais e privadas, foi tomada após ação popular protocolada por políticos de partidos como PT e PSOL.

Na sentença, o juiz afirma que "a preciptação da volta às aulas presenciais , nesse contexto, enseja um aumento desarazoado da elevação do risco de contágio, tanto no que tange aos alunos e seus familiares, como também no que diz respeito a classe dos professores e demais profissionais envolvidos na atividade de ensino". Até a decisão, 419 escolas voltariam às aulas nesta terça-feira. Elas já estavam recebendo alunos antes da pausa emergencial, há dez dias.

Uma das autoras da ação popular, a deputada estadual Renata Souza (Psol) afirma que "esta é uma vitória importante para evitar o alastramento do Covid no pico da pandemia" : "os profissionais da educação e responsáveis nos procuraram com muita preocupação. O Rio de Janeiro não é uma ilha imune em um mar de Covid. Uma decisão para preservar vidas".

Você viu?

O anúncio da volta às aulas da rede municipal foi feito pelo prefeito Eduardo Paes na última quinta-feira: "Nós defendemos a tese que o primeiro a abrir vai ser a escola e o último a fechar vai ser a escola. Então a partir de segunda-feira as escolas já vão estar autorizadas a funcionar".

Os autores da ação afirmam, no pedido, que o Rio passa pelo pior momento da pandemia e que foi promovida qualquer "medida eficaz para a redução de riscos no que tange a exposição no transporte público, em especial quando a vacinação ainda não atingiu índices de imunização seguros".

Na decisão, o magistrado ainda afirma que "a prudência e a ciência recomendam não só o uso de máscaras em local público, como também o distânciamento social, o que não se verifica, infelizmente, no dia a dia das pessoas expostas aos riscos do transporte público, que, não raras as vezes, opera com superlotação".

Assinaram a ação os vereadores Tarcísio Mota, Chico Alencar, Monica Benicio, Paulo Pinheiro e Thais Ferreira (do PSOL), Tainá de Paula e Reimont (do PT) e os deputados Flavio Serafini, Eliomar Coelho, Renata Souza e David Miranda (do PSOL) e Waldeck e Enfermeira Rejane (do PT).

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!