Escola Estadual José Leite Lopes, na Zona Norte do RJ
Breno Carvalho / Agência O Globo
Escola Estadual José Leite Lopes, na Zona Norte do RJ

O retorno das aulas presenciais na rede estadual de educação do Rio de Janeiro , foi confirmado para o dia 1º de março pelo secretário da pasta, Comte Bittencourt, nesta terça-feira, dia 26. A volta às salas não será para todos, inicialmente.

Terão prioridade os alunos que não possuem acesso à internet. Uma novidade para esse retorno é a lotação das unidades, a ser definida de acordo com a bandeira de classificação semanal, o que pode garantir desde a capacidade de 100% de funcionamento até o fechamento da instituição.

As informações foram passadas pelo secretário em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, nesta manhã. De acordo com Comte, o planejamento foi feito junto ao Comitê Científico do estado , que ainda contou com reunião de articulação entre Saúde e Educação. Outra mudança é quanto ao horário das aulas, que vai passar a ser das 10h às 15h. A medida, disse o secretário, é para evitar aglomerações de alunos e professores nos transportes públicos.

"O governador Cláudio Castro publicou na última sexta-feira um decreto colocando educação como atividade essencial, e estamos publicando, possivelmente, amanhã, ou, no mais tardar, na quinta-feira uma resolução para o início nas redes vinculadas ao sistema estadual de Educação", disse o secretário.

Comte adiantou que o próximo mês será um período de planejamento visando, principalmente, aos alunos do grupo em situação de vulnerabilidade social, no qual não dispõem de nenhum dispositivo eletrônico para as aulas remotas.

"O mês de fevereiro é um mês de acolhimento, é um mês de planejamentos, de avaliação diagnóstica dos alunos, avaliação individual de todos os nossos alunos. Tem horário marcado para se manter o distanciamento adequado, e a partir de primeiro de março começamos com o essencial para o grupo mais vulnerável", declarou.

O acompanhamento da situação de cada escola em relação à Covid-19 será semanal, com publicação de um boletim para informar a cor da bandeira, referente à classificação de risco. A partir do nível em que a instituição se encontra, a lotação do número de alunos vai variar de 100% da capacidade, com a bandeira verde, até a unidade fechada, sendo permitido apenas ensino remoto, com as bandeiras vermelha ou roxa.

"O comitê definiu que toda sexta-feira, ao meio-dia, vai publicar no site que sairá na resolução conjunta as bandeiras para o funcionamento das escolas na semana seguinte. Bandeira roxa e vermelha, só ensino remoto. Até o segundo ano, bandeira laranja, 50% da ocupação da escola. Bandeira amarela, 75%. E bandeira verde, 100%", explicou Comte.

Plataforma de estudo

O ensino vai permanecer híbrido — dividido entre virtual e on-line. O secretário já havia informado sobre o link patrocinado onde os estudantes encontrarão os materiais didáticos. Segundo Comte, será possível acessar aulas gravadas, podcasts e material didático para consulta e impressão. A plataforma terá o endereço eletrônico divulgado junto à resolução prevista para os próximos dias.

"Os que têm (acesso à internet), nós estamos criando nosso link patrocinado. Vamos embarcar a nossa plataforma com o nosso aplicativo com aulas gravadas, o podcast dessas aulas, o material em PDF impresso, mas disponibilizado nesse ambiente remoto. E os alunos que não têm conexão vão ter o material impresso e tutoria", afirmou o secretário.

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