Após anúncio feito na quarta-feira (06), sobre a volta às aulas na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro , a prefeitura ainda tenta definir como se dará esse retorno. O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, ainda estuda junto aos especialistas do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19 da prefeitura um protocolo para que seja possível retomar as aulas presenciais em continuidade com o ensino virtual.
A expectativa é de que o plano seja apresentado ainda neste mês, segundo disse o secretário em entrevista. A previsão é de retorno das aulas — virtuais ou presenciais — no dia 8 de fevereiro. O calendário escolar então se estenderá até 17 de dezembro. O ano letivo de 2021 da Educação Infantil e do Ensino Fundamental terá 202 dias, dois a mais que o mínimo necessário. A publicação no Diário Oficial do município é uma resolução do "calendário letivo que permite tanto aulas na modalidade remota ou presencial", segundo Ferreirinha.
"Protocolo sanitário e de saúde, para que a gente possa ter um retorno seguro, isso está sendo feito junto com a saúde, a nossa secretaria de Saúde, será validado pelo comitê de especialistas de enfrentamento à Covid-19 em meados de janeiro para que a gente possa ter uma volta segura para todos", disse o secretário de Educação.
Segundo Ferrerinha, há um protocolo já debatido com a Saúde e que, agora, aguarda a validação do prefeito Eduardo Paes e do comitê. Entre a determinação para a volta às salas de aulas estarão pontos como:
- Distaciamento ideal entre carteiras
- O uso de máscara pelos alunos
- Quantidade de pessoas em sala de aula baseado na quantidade de janelas e ar-condicionado
- Organização do refeitório
- Dinâmica na hora do recreio
- Rodízio para colocar em sala uma quantidade reduzida de alunos
O secretário da pasta afirmou que há escuta com conselho, representantes, professores, responsáveis e diretores. A secretaria de Saúde também participa da discussão sobre o ensino híbrido — com parte virtual e parte presencial.
"Nós estamos fazendo esse plano de volta às aulas que leva em consideração todos esses elementos de sala de aula, no refeitório, como que vai ser toda a unidade escolar. Para isso, nós estamos fazendo um levantamento das 1.543 unidades - escolas, creches, EDIs - que nós temos na cidade para entender o problema de cada uma e assim adereçar uma solução", afirmou Ferreirinha.
Na manhã de quarta-feira, durante uma visita ao Hospital municipal Ronaldo Gazolla, o prefeito Eduardo Paes afirmou que as decisões sobre a volta às aulas têm sido tomadas junto aos especialistas do comitê do município.
"Um conselho de especialistas vai definir de maneira adequada como será essa retomada das aulas. Mas defendo, de maneira muito forte, que não parece compreensivel termos shoppings e praias abertas e termos escolas fechadas. As nossas crianças já sofreram demais. Obviamente vou respeitar aquilo que os especialistas disserem. Mas vamos trabalhar para as crianças voltarem a estudar (presencialmente) com todas as regras. Adoraria ter um posicionamento de como será o esquema. Mas ainda não temos", afirmou o prefeito ontem.
A rede municipal continua com as matrículas abertas para novos alunos e interessados em fazer transferência entre as unidades.