Nesta quinta-feira (07), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas ( Ubes ) afirmou que entrará com uma ação judicial pedindo o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) que, originalmente, está marcado para 17 e 24 de janeiro, devido à segunda onda da pandemia da Covid-19 . As informações são do portal da Jovem Pan .
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Ubes assinaram uma nota criticando a falta de diálogo e protagonismo do Ministério da Educação. "Acreditamos que a necessidade de adiamento do Enem é fruto da falta de organização e transparência do MEC ", escreveram. O documento sugere que o adiamento daria tempo para criação de uma estratégia efetiva de segurança sanitária para os estudantes.
Estudantes
Além dessas instituições, os estudantes também estão se mobilizando nas redes sociais pelo adiamento da prova . "A ausência de aulas presenciais e a falta de iniciativa do Ministério da Educação em dar condições para que os estudantes pudessem ter o mínimo em redução de impactos prejudicam especialmente os jovens mais pobres das escolas públicas, que têm dificuldades de acesso à internet ou piores condições de estudo em suas casas, envolvidos em diversos problemas sociais, econômicos e psicológicos”, diz a nota conjunta.
A nota também destaca que o exame "coloca em risco a segurança da vida das pessoas com a realização das provas em um ambiente de crescente contaminação".
De acordo com o portal, em maio de 2020, a Ubes já havia entrado com um mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo para que o Enem 2020 fosse adiado. No entanto, o pedido foi negado pelo STJ, e após a crescente pressão popular, o MEC e o Inep anunciaram o adiamento do exame no final de maio.
"Logo após o adiamento cobramos a criação de um grupo de trabalho para debater a aplicação da prova com segurança. Não tivemos retorno do MEC", publicou a Ubes em uma rede social. Além disso, a Ubes está organizando um mutirão de manifestações por meio do Ministério Público Federal.
Ainda segundo a Jovem Pan, a entidade sugere que o pedido ao MPF solicite o adiamento e "a formação de um grupo de trabalho que reúna representantes dos estudantes, do MEC e INEP, profissionais da Educação e Saúde, para que se possa decidir as novas datas e elaborar um plano para aplicação da prova que possa garantir a segurança sanitária dos participantes".