O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), autorizou apenas o retorno das aulas para o ensino médio a partir do dia 3 de novembro. Antes, só era permitido a abertura na capital de escolas para atividades extracurriculares, como esportes, acolhimento e inglês. As aulas estavam suspensas desde março devido a quarentena provocada pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
De acordo com o prefeito, alunos do ensino infantil e fundamental continuam apenas com atividades extracurriculares. "Seguindo a recomendação da área da Saúde, a prefeitura vai manter apenas as atividades extracurriculares para o ensino infantil e fundamental e vai autorizar o retorno das aulas para o ensino médio, a partir do dia 3 de novembro. A decisão é voluntária e vale para a rede privada, municipal e estadual", explicou o prefeito.
Sobre os professores
que devem retornar às salas de aula, o prefeito informou que apenas profissionais "imunizados", que já tiveram a Covid-19, poderão lecionar presencialmente.
O anúncio foi feito na coletiva de imprensa para apresentar os resultados do censo sorológico
na Educação. O prefeito informou que para uma próxima decisão sobre a volta às aulas, vai aguardar a segunda fase do censo sorológico, no dia 19 de novembro.
"Queria anunciar também que no dia 19 de novembro, com base na segunda fase do censo sorológico e com a evolução da pandemia na cidade de São Paulo, nós teremos uma nova coletiva para anunciar o que acontece e o que fica autorizado na cidade de São Paulo em relação a área da educação a partir do dia 1º de dezembro", disse o prefeito.
Prova de avaliação
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O prefeito afirmou que a cidade aplicará uma prova para avaliar como os alunos da rede municipal absorveram os conteúdos durante as aulas à distância, em meio à pandemia do novo coronavírus. De acordo com Covas, esta será a primeira ação da administração municipal depois de a Vigilância Sanitária autorizar o retorno às aulas presenciais.
Covas adiantou que os centros de ensino devem seguir todos os protocolos sanitátios já estabelecidos. "Em relação a rede municipal, as primeiras providências são o acolhimento e a realização de uma prova para medir o que foi assimilado durante esse período de aula on-line e definir as estratégias de reforço pedagógico", pontuou.
O objetivo é que a avaliação permita um mapeamento dos conteúdos a serem reforçados e recuperados em regime de contraturnos, com complemento à distância, além das aulas presenciais, por meio da distribuição de 465.000 tablets aos alunos e 57.000 notebooks aos professores.
Censo sorológico
A primeira fase do censo sorológico realizou testes em 65.400 mil pessoas até o dia 21 de outubro e foi detectado que 13,2% do público alvo já teve contato com o vírus da Covid-19. Entre os positivos, as crianças e adolescentes são a maioria dos infectados. A gestão municipal promete realizar testes em 675 mil alunos e 120 mil professores e funcionários.
Capital só reabriu para extracurriculares
Mesmo com a autorização estadual para aulas regulares, as escolas da rede pública e particular da capital paulista só voltaram a oferecer atividades extracurriculares, como aulas de reforço, esporte, cultura ou laboratórios de informática, no dia 7 de outubro.
Na ocasião, as regras para a volta às aulas na cidade foram publicadas no Diário Oficial no dia 26 de setembro. Entre as determinações estão: normas de higiene, respeito ao distanciamento na entrada, na saída e nos intervalos e o uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) por alunos e professores. Além disso, as instituições só atenderão até 20% da sua capacidade.
Nas escolas municipais cada aluno só poderá frequentar o local até duas vezes por semana por até 2h e serão ofertadas.