O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 15 dias para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, explicar declarações que deu ao “Jornal da Cidade”. Na entrevista, o ministro afirmou que as universidades federais fazem doutrinação, além de plantar maconha de forma extensiva e utilizar laboratórios de Faculdades de Química para produzir drogas sintéticas. O titular da pasta não é obrigado a se manifestar, ele só se manifestará sobre o assunto se quiser.
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O pedido de interpelação a Weintraub foi feito pela deputada Erika Kokay (PT-DF) e por um grupo de alunos da Universidade de Brasília (UnB). Segundo a petição, o ministro pode ter praticado crimes contra a honra dos docentes, dos servidores e de alunos das universidades federais. Com base na resposta de Weintraub, os ofendidos poderão entrar com ação penal privada contra o ministro da Educação no STF. Ou, ainda, pedir indenização por danos morais contra ele na primeira instância do Judiciário.
“Como você se livra desta doutrinação? Eu acho que é diminuindo o poder absoluto e hegemônico que hoje têm estas madrastas de doutrinação que são as universidades federais. Foi criado uma falácia de que as universidades federais precisam ter autonomia. Justo! Autonomia de pesquisa, autonomia de ensino... Só que essa autonomia acabou se transformando em soberania. Então, o que você tem? Você tem plantações de maconha... Você tem plantações extensivas de maconha em algumas universidades. A ponto de ter borrifador de agrotóxico”, disse o minstro da Educação .
“Você pega laboratórios de Faculdades de Química.... Faculdades de Química não eram centros de doutrinação. E desenvolveram laboratórios de drogas sintéticas... de metanfetamina... Porque a polícia não pode entrar nos campi”, completou Weintraub .