Neste ano, 755 estudantes travestis e transexuais de escolas públicas do estado de São Paulo escolheram utilizar nome social. O número é do Sistema de Cadastro de Alunos da Secretaria de Estado da Educação , obtidos por Lei de Acesso a Informação pelo jornalista Luiz Fernando Toledo.
Leia também: Educadores criticam PL que propõe arma não letal para professor: “Irresponsável"
O nome social é o nome escolhido pela pessoa transexual ou travesti pelo qual ela se reconhece e identifica.
Em 2015, havia apenas 182 alunos
em todo o estado que utilizavam o nome social nas escolas. O número quadruplicou em cinco anos. Apenas entre 2018 e 2019, houve um aumento de 149%.
Em 2014, o Conselho Estadual de Educação (CEE) de São Paulo determinou que o nome social de travestis e transexuais deveriam ser inclusos nos registros escolares internos, caso os alunos solicitassem.
A maior parte dos alunos que utilizam nome social cursa Educação de Jovens e Adultos (EJA) – são 334. No ensino médio são 320 estudantes e nos últimos anos do Ensino Fundamental há 101 alunos.
Leia também: 'Zebras gordas' de Weintraub, professores que ganham teto salarial são minoria
Há maior concentração de estudantes transexuais e travestis que utilizam nome social com 17 anos, somando 110 alunos. Mas há também cinco alunos com até 10 anos e 24 estudantes com mais de 40 anos.