Dados foram levantados com base em informações dadas por professores e diretores de escolas públicas brasileiras
Arquivo / Agência Brasil
Dados foram levantados com base em informações dadas por professores e diretores de escolas públicas brasileiras

Mais de 8 mil professores do último ano da rede escolar pública do Brasil sofreram tentativa de assassinato dentro de sala de aula no ano de 2018. Os dados são do Anuário  Brasileiro de Segurança Pública, que analisou o comportamento da violência dentro das escolas ao longo do ano por meio de questionário aplicado a professores e diretores de instituições.

Os dados de segurança nas escolas foram analisados por meio da prova de Avaliação Nacional de Rendimento Escolar, aplicada em instituições de ensino públicas com no mínimo 20 alunos matriculados.

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Apesar de alto, o número de 8.054 professores que disseram sofrer atentado à vida na escola representa apenas 1% dos que responderam à pesquisa. A análise detectou, ainda, que 36 mil docentes já sofreram ameaças em sala de aula (número equivalente a 4,4% do total) e 22 mil já foram furtados na mesma situação (2,7% do total).

Segundo o estudo, os estados de Roraima, Amazonas e Pará são os que proporcionalmente têm maior quantidade de ameaças às vidas dos professores. Em Roraima também é registrado o maior índice de morte violenta intencional do anuário, com 66,6 mortes a cada 100 mil habitantes.

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Ameaças verbais

Os números são ainda maiores quando referentes a ameaças verbais dentro das instituições de ensino. Quase metade dos entrevistados (48,9%) afirmaram que já viram alunos cometerem agressões físicas ou verbais a outros professores ou funcionários da escola. 

Ao mesmo tempo, 69% afirmam que já viram alunos cometerem agressões verbais ou físicas a outros alunos. As ameaças, apontadas como "recorrentes" pelo estudo, costumam ser feitas por causa de notas, problemas disciplinares ou suspensões. 

Alunos armados

O número de professores e diretores que flagrou alunos armados dentro da escola no ano de 2018 também foi alarmante. Enquanto 10,9 mil afirmam que viram alunos portando armas “brancas” (como facas e canivetes) em aula, 1,6 mil já flagraram alunos com armas de fogo no ambiente escolar. 


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