Estudantes atiraram carteiras e livros contra a professora
Reprodução/redes sociais
Estudantes atiraram carteiras e livros contra a professora

Em um vídeo que circulou nas redes sociais na última semana, alunos atiram carteiras e livros em uma professora na escola estadual de Carapicuíba, na Grande São Paulo. Nesta segunda-feira (3), a Secretaria de Educação informou que sete estudantes envolvidos foram suspensos. 

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O caso aconteceu na última quinta-feira. A escola estadual de Carapicuíba tem dois mil alunos entre 11 e 17 anos. De acordo com uma reportagem exibida pelo programa  Fantástico  da TV Globo nesse domingo, a maioria deles mantém um comportamento tranquilo, mas pelo menos 20 são extremamente agressivos e ameaçam professores e funcionários da instituição. Assista ao vídeo: 


A professora, que não quis se identificar, contou ao Fantástico que os estudantes começaram a atirar objetos e não pararam mesmo quando ela pediu. "Eu não sei como não apanhei dentro da sala de aula", afirmou. “Eles querem todo dia mostrar que a escola não pode fazer nada contra eles”, diz outra educadora que ajudou a colega.

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Uma outra docente do mesmo colégio relatou que estava aplicando uma prova quando um estudante chutou a porta e vários outros entraram na sala, aos gritos. "Eu fui pedindo para que eles saíssem. Esse aluno que não queria sair da sala olhou pra mim e falou assim: 'Não coloca a mão em mim vagabunda, sua vagabunda'". 

Após a repercussão, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que os estudantes envolvidos seriam punidos. "Assisti agora no Fantástico alunos de Escola Pública Estadual em Carapicuíba tentando agredir uma professora e depredando uma sala de aula. Um absurdo! Vamos agir com rigor e punir esses vândalos. Escola é para aprender, não para agredir. Reafirmo nosso respeito aos educadores", escreveu.

O Secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares, informou nesta manhã ao jornal SP1 que sete alunos foram suspensos e poderão ser transferidos. “São sete alunos que estão suspensos nesse momento, e a escola hoje à tarde reúne o conselho escolar, que envolve pais, professores e a comunidade, para tomada de decisão sobre o futuro desses meninos", afirmou. 

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Soares disse ainda que a pasta vai orientar a escola e o conselho para que haja transferência compulsória. "É inaceitável esse tipo de agressão a um profissional, a um professor”, disse. A escola estadual de Carapicuíba funcionou normalmente nesta segunda-feira e a perícia esteve no local para estudar a estrutura física. O Conselho Tutelar e a Polícia Civil investigam o caso. 

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