A Universidade de Rio Verde (UniRV), do sudoeste de Goiás, exonerou um professor do curso de medicina que formulou e aplicou uma prova com conteúdo homofóbico e sexista. Em nota assinada pelo reitor Sebastião Lázaro Pereira, a instituição de ensino confirmou o desligamento do funcionário, que não foi identificado, nesta quarta-feira (27).
Leia também: Professor com dois meses de salário atrasado chora ao ganhar R$ 400 de alunos
Segundo aponta a universidade, a denúncia ao conteúdo homofóbico
e sexista foi feita anonimamente por alunos pela ouvidoria da instituição. “[A UniRV] tomou as providências possíveis e identificou o professor. Diante dos fatos apurados, o docente foi exonerado na data de 27 de junho de 2018”.
O enunciado da questão diz: “O paciente Davi, de 24 anos, estava com abscesso na nádega ‘e seu noivo serelepe, ao ver aquele quadro horroroso, fico tresloucado e furou o abscesso com espinho de limoeiro em um movimento rodopiante de bailarino, imitando um beija-flor”.
Ainda de acordo com a nota, a “ Universidade de Rio Verde repudia veemente a atitude do professor e destaca que esse comportamento isolado não reflete o pensamento da Instituição”.
Leia também: Como fica a vida de quem sofreu um ataque homofóbico?
“Em 45 anos de existência, a universidade tem como princípio "pugnar pela dignidade da pessoa humana, seus direitos fundamentais, vedando quaisquer discriminações filosóficas, políticas, religiosas, raciais, de gênero ou classe”, continua o comunicado oficial da UniRV.
Conteúdo homofóbico e sexista em prova
Em entrevista à TV Anhanguera, estudantes de medicina afirmaram que a prova foi aplicada na semana passada para os 67 alunos de clínica cirúrgica, do 5º período. Eles demonstraram revolta em relação ao ocorrido em sala de aula. Um deles afirmou que ficou com medo de sofrer represaria depois de criticar a postura do docente.
Leia também: Aos gritos de racista e homofóbico, ativistas jogam purpurina em Bolsonaro
O conteúdo homofóbico
e sexista da questão na prova foi visto como ‘desserviço’ pelos estudantes do curso, que criticaram a postura do docente. “Medicina é uma profissão a serviço da saúde da comunidade. Ele não tem que criar nenhum tipo de discriminação”, apontaram ao canal.