Segundo os professores da Uerj, salários estão atrasados há quatro meses; início das aulas foi adiado
Tânia Rêgo/Agência Brasil -5.4.2017
Segundo os professores da Uerj, salários estão atrasados há quatro meses; início das aulas foi adiado

A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) decidiu retirar do Vestibular 2018 a prova discursiva de Língua Portuguesa, na qual é cobrada a capacidade do candidato de analisar e interpretar textos. A competência será cobrada apenas aos candidatos a vagas em cursos como Direito, Letras e Comunicação.

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A decisão foi tomada pela direção da Uerj em razão da falta de recursos da instituição para efetuar o pagamento a professores que fariam a correção das provas. O exame discursivo é a terceira etapa do vestibular da universidade. Antes disso, os alunos passam por duas provas objetivas, com 60 questões cada, abrangendo todas as disciplinas.

No entanto, a aplicação da redação está mantida para todos os candidatos, e os alunos também farão provas discursivas de disciplinas específicas, de acordo com o curso escolhido. A instituição diz que o objetivo da mudança é de viabilizar o vestibular estadual de 2018 “nas condições adversas em que se encontram a nossa universidade e o estado do Rio de Janeiro”.

O diretor de vestibular da universidade, Gustavo Krause, afirma que a decisão de retirar o exame discursivo de língua portuguesa foi tomada para viabilizar o vestibular. “É uma medida emergencial. Há prejuízo para a avaliação sim, mas o prejuízo maior era não conseguir fazer o final do exame. Seria um desastre colossal.”

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Ele afirma ainda que a redução do número de alunos inscritos para fazer o vestibular neste ano fez cair os recursos arrecadados para custear o concurso. No ano passado, foram cerca de 80 mil alunos participando do processo seletivo. Neste ano o número caiu para 33 mil.

Crise

Por causa da situação financeira da universidade , o início do ano letivo, que estava programado para o dia 1º de agosto, foi adiado por tempo indeterminado. De acordo com a reitoria da instituição, o motivo do adiamento são as condições precárias de manutenção da universidade, com o não pagamento das empresas terceirizadas, contratadas por meio de licitação pública.

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Os professores da Uerj estão em greve desde o dia 1º de agosto. A categoria protesta contra o atraso dos salários e das bolsas acadêmicas e as más condições de trabalho nas unidades e no hospital universitário.


* Com informações da Agência Brasil

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