Segundo os professores da Uerj, salários estão atrasados há quatro meses; início das aulas foi adiado
Tânia Rêgo/Agência Brasil -5.4.2017
Segundo os professores da Uerj, salários estão atrasados há quatro meses; início das aulas foi adiado

Professores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) que estão em greve desde a última terça-feira (1º) realizaram nesta quinta-feira (3) um protesto em frente à entrada principal do Campus Maracanã contra o atraso dos salários e das bolsas acadêmicas, além de reivindicar melhorias nas condições de trabalho.

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Diretor da Associação dos Docentes da Uerj , o professor Guilherme Vargues informou que haverá um calendário de atividades para envolver os demais servidores prejudicados com a crise no estado e também a sociedade. “O que não tem cabimento é a ausência total de isonomia por parte do governo do estado. Ele escolhe quem paga e a educação pública tem ficado para trás. E ainda não obtivemos uma resposta do governo.”

“Chegamos ao limite, são quase quatro meses de salários e bolsas com atraso, décimo-terceiro de 2016 não pago, o restaurante universitário fechado. É uma crise que afeta bolsistas de pós-graduação, projetos de pesquisa”, destacou o professor, citando ainda o Hospital Pedro Ernesto, ligado à universidade, que oferece atendimento de ponta para doenças mais complexas e está com dificuldade de operar.

Paralisação

A greve dos professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro foi aprovada em assembleia na última terça-feira (1º), um dia depois da realização da reunião do conselho de diretores da instituição que definiu que o ano letivo de 2017, previsto para começar em 1º de agosto, seria adiado por tempo indeterminado.

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A próxima assembleia dos professores da instituição está marcada para o dia 17 de agosto. A universidade tem 41.295 estudantes, que estão espalhados por 13 unidades no estado.

Na última segunda-feira (31), a Justiça do Rio determinou o arresto de verba diária das contas do governo do estado até que se chegue à quantia de R$ 7,5 milhões para o pagamento do custeio do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, que funciona como hospital-escola para os cursos da área biomédica.

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Até o momento da publicação desta reportagem, as assessorias da Secretaria de Ciência e Tecnologia e da Fazenda não haviam se pronunciado sobre o teor das críticas em relação ao governo do estado a respeito da situação da Uerj.


* Com informações da Agência Brasil

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