Nesta semana representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foram até Portugal para conhecer instituições de ensino superior que utilizam a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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Entre as entidades visitadas, a Universidade de Coimbra, conhecida por ter sido a primeira a usar as notas do Enem para seleção de brasileiros, em 2014, esteve no roteiro da chefe de gabinete da presidência do Inep Alessandra Brasca e a diretora de gestão e planejamento Eunice Santos.
Elas foram recebidas pelos vice-reitores Joaquim Ramos de Carvalho e Madalena Alarcão, que apresentaram o modelo com o qual a instituição seleciona os candidatos do Brasil a partir da prova. A exigência é que eles tenham atingido, no mínimo, 600 pontos na média final do exame. Depois disso, é feito um escalonamento, considerando as notas das áreas específicas conforme o curso escolhido. Atualmente, 500 alunos brasileiros estudam na universidade.
A Universidade de Coimbra demonstrou interesse em aprofundar a parceria com o Inep, e conhecer melhor as matrizes curriculares consideradas pelo Enem, bem como a metodologia usada na correção, a Teoria de Resposta ao Item (TRI) e a logística de aplicação.
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Essa manifestação agradou a diretora de gestão e planejamento. “É satisfatório perceber a valorização que uma das universidades mais respeitadas do mundo dá ao trabalho realizado pelo Inep por meio do Enem”, destacou Eunice Santos.
O Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, a Universidade de Lisboa, o Ministério da Educação de Portugal, o Instituto de Avaliação Educativa (Iave) e a Universidade Lusófona (ULHT) também constaram na agenda das representantes do Inep.
Parcerias
Hoje, o instituto mantém convênio interinstitucional com 24 instituições portuguesas, públicas e privadas, de ensino superior ou politécnico. Essas parcerias têm permitido simplificar a utilização de informações de desempenho nas provas do Enem para fins de seleção de candidatos brasileiros. Tais ajustes interinstitucionais possibilitam o acesso e a utilização de informações sobre o desempenho de estudantes que prestaram o Enem, ampliando possibilidades de intercâmbio educacional.
Os convênios interinstitucionais não envolvem transferência de recursos e não preveem financiamento estudantil por parte do governo brasileiro. A revalidação de diplomas e o exercício profissional no Brasil dos estudantes que cursarem o ensino superior em Portugal estão sujeitos à legislação brasileira aplicável à matéria. As instituições portuguesas de ensino superior que utilizam dados do Enem para seleção de candidatos brasileiros estão listadas na página do Inep.
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