Saiba qual programa oferecido pelo governo que dá acesso à universidade pela nota do Enem é o melhor para você
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Saiba qual programa oferecido pelo governo que dá acesso à universidade pela nota do Enem é o melhor para você

Neste ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu 7,6 milhões de inscrições. Diferente dos anos anteriores, quando a prova funcionava como certificado do Ensino Médio, nesta edição, todos que se candidataram para realizar o exame estão em busca de uma vaga em alguma instituição pública ou privada de ensino superior.

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Para isso, o governo federal disponibiliza diversos programas que, utilizando a nota do candidato no Enem , podem permitir o acesso à faculdade. Mas você sabe como cada um deles funciona? Entenda qual recurso se adequa mais aos seus planos e não perca tempo quando os resultados saírem.

O primeiro passo para decidir qual desses programas é mais vantajoso é traçar um objetivo. Cada candidato tem uma preferência por curso e instituição. O ideal é que o estudante conheça o processo seletivo de cada universidade de seu interesse e verificar qual desses recursos é aceito.

Sisu

Voltado para garantir uma cadeira em universidades públicas, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) pode te ajudar a cursar um ensino superior de qualidade sem pagar nada. Para isso, após sair o resultado do Enem, o candidato deve ficar atento à abertura das inscrições para o Sisu.

A dica procurar, no próprio site do sistema, a nota de corte do curso que deseja prestar. Quanto maior a nota do participante em relação a essa nota, maior a chance de conseguir se classificar. Para concorrer ao Sisu é preciso não ter zerado na redação.

Prouni

Opção que dá acesso a instituições particulares, o Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece bolsas de estudo integrais, sem que o candidato precise pagar, e parciais, com 50% de desconto nas mensalidades. Exclusivo para quem ainda não tem um diploma de ensino superior, os descontos valem para cursos de graduação e cursos sequenciais de formação específica.

Para participar, é preciso ter tirado mais do que 450 pontos na média das notas e não ter zerado na redação, além de se inscrever no programa quando a nota da prova sair. Só estão enquadrados neste sistema alunos com renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa, em caso de bolsas com desconto, e um salário mínimo e meio por pessoa, para quem pleitear a bolsa integral.

Além disso, outro requisito importante é que o estudante tenha cursado o ensino médio em escolas da rede pública, ou na rede particular como bolsista integral.

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Fies

Também é possível contratar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) caso o candidato opte por cursar em uma instituição de ensino particular. O programa possibilita que o aluno financie as mensalidades dos cursos

É preciso que os cursos sejam presenciais, pagos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação (MEC). Para ter direito ao Fies, é preciso não ter zerado na redação e atingido mais do que 450 pontos no exame.

Para usar o Fies, o aluno deve estar matriculado em alguma universidade particular. É possível solicitar o financiamento em qualquer período do ano.

Pronatec

Muita gente não sabe, mas o Enem também dá acesso a cursos de formação técnica. Pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), os candidatos podem estudar gratuitamente.

Uma das modalidades oferecidas é a de cursos técnicos subsequentes, voltados para alunos que já concluíram o Ensino Médio. No Pronatec, esses cursos são ofertados por meio do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) para quem fez o Enem e não zerou a redação.

As inscrições para o Pronatec são feitas diretamente nas instituições de ensino que oferecem os cursos, e podem ser feitas em qualquer período do ano, desde que haja oferta de curso com bolsas.

É importante lembrar que cada universidade tem a autonomia de decidir qual será o processo seletivo: se vai utilizar a nota do Enem em fase única, se ela será usada apenas para preencher vagas remanescentes ou se a seleção será feita com prova de vestibular independente. Atualmente, mais de 140 universidades públicas e institutos federais de ensino técnico optaram pelo Enem.

Novidades no Enem

Nesta edição a prova, que continuará sendo realizando em dois dias e no formato de provas impressas, passará a ser aplicada em dois domingos seguidos, e não mais em um único fim de semana, nos dias 5 e 12 de novembro.

A redação também recebeu modificações e passará a ser realizada no primeiro domingo, juntamente com as provas de linguagem, código e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias, com duração de 5 horas e 30 minutos. No segundo dia de exame serão realizadas as provas de matemática e ciências da natureza e suas tecnologias, com 4 horas e 30 minutos de duração.

Como já foi dito, o exame deixa de certificar o ensino médio, o que volta a ser feito pelo Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos (Encceja), que é o exame adequado para esse fim, em uma parceria com estados e municípios. Quem prestar o vestibular só terá direito ao acesso às universidades de ensino superior e instituições técnicas.

Os participantes receberão cadernos de questões personalizados (identificado com seu nome e número de inscrição), juntamente com os cartões de resposta encartados na prova, com seu nome e número de inscrição. Até 2016, os participantes recebiam o cartão de resposta separado da prova e faziam a identificação com a cor de sua prova. A novidade dos cadernos personalizados reforça a segurança dos quatro cadernos diferentes e identificados por cores.

O Enem 2017 terá seu resultado divulgado em 19 de janeiro de 2018 e continuará oferecendo resultados por área de conhecimento, individual de cada participante e da base consolidada para uso nos programas governamentais Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Financiamento Estudantil (Fies) e Universidade para Todos (ProUni), entre outros. Mas não haverá mais resultado do Enem por escola. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do ensino médio passará a ser universal e não mais amostral para escolas públicas e privadas. Isso permitirá o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) por escola.

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