O Ministério da Educação (MEC) desmentiu a informação de que teria acabado com o "Ciência Sem Fronteiras" (CsF), afirmando em nota neste domingo (2) que o programa está “funcionando plenamente” como oportunidade de internacionalização para alunos de pós-graduação (mestrado, doutorado, pós-doutorado e atração de jovens cientistas).
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A declaração do MEC foi feita na tarde deste domingo, após o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, ter informado que o ministro da pasta, Mendonça Filho, havia afirmado que o dinheiro gasto para “mandar 30 mil estudantes para fora, seria possível pagar a merenda escolar para 40 milhões de alunos da educação básica”.
Ainda segundo a coluna, o Ministério da Educação avaliou que o programa – uma das principais bandeiras do governo Dilma – "não trouxe resultados devido à deficiência em inglês dos brasileiros e à falta de diretrizes claras sobre que perfil de estudante deveria ser financiado”.
No entanto, a pasta de Mendonça Filho afirma que o Ciência Sem Fronteiras para graduação encerrou com o último edital de 2014, no governo Dilma. Segundo o Ministério da Educação, há ainda cerca de quatro mil bolsistas remanescentes desse edital no exterior e visitantes no Brasil.
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Situação atual
A pasta ainda afirma que a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) mantém editais para bolsas de pós-graduação, pós-doutorado e estágio sênior no exterior. Em 2017, cerca de cinco mil estudantes recebem bolsas nestas categorias.
O Ministério da Educação também ressaltou que a pasta, no governo petista, mantinha estudantes no exterior sem recursos e que a gestão anterior deixou o programa com dívidas elevadas. “A primeira e imediata providência da atual gestão foi garantir recursos financeiros para honrar os compromissos assumidos com os bolsistas no exterior, a fim de não prejudicá-los.”
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A pasta afirma ainda que fez “uma avaliação criteriosa da modalidade graduação” e “chegou à conclusão de que era alto o custo para manter os alunos estudando fora do país”.
O MEC informou que “diante desse quadro, o Ciência sem Fronteiras permaneceu com foco na pós-graduação”. E que, atualmente, “a Capes discute novas estratégias de internacionalização e apoio a excelência nas universidades”.