UFPR disse que investiga as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios desde dezembro
Rodrigo Juste Duarte/Divulgação UFPR
UFPR disse que investiga as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios desde dezembro

A Policia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (31) a terceira fase da Operação Research , que apura o desvio de R$ 7,3 milhões da Universidade Federal do Paraná (UFPR). São cumpridos 19 mandados de condução coercitiva e 1 mandado de busca e apreensão em três Estados.

A operação, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União, conta com a atuação de ao menos 48 policiais federais e auditores dos dois órgãos de controle.

Essa nova etapa da investigação, segundo a Polícia Federal, tem como objetivo o rastreamento do destino dos recursos públicos creditados nas contas dos falsos bolsistas, identificando outros possíveis beneficiários. Também visa apurar o suposto envolvimento de uma empresa fornecedora de produtos para a UFPR no esquema.

Os mandados judiciais são cumpridos nas cidades de Curitiba (PR), São José dos Pinhais (PR), Campo Grande (MS), Corumbá (MS) e Natal (RN).

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Réus

Na sexta-feira passada (24), a Justiça Federal aceitou denúncia contra 36 pessoas investigadas  pelo esquema na Universidade Federal do Paraná.

Segundo a denúncia, os envolvidos teriam desviado entre março de 2013 e outubro de 2016 ao menos R$ 7,3 milhões que deveriam ser destinados a pesquisa, mas foram para pessoas sem relação com a UFPR .  

Na decisão, o juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, determinou que a ação fosse desmembrada em relação a dois réus (Edílson Sérgio Silveira e Graciela Ines Bolzon de Muñiz – acusados de peculato culposo) "tendo em vista a eles ter sido imputado somente crime de menor potencial ofensivo".

A investigação apontou que o grupo utilizava nomes e CPF’s de 27 pessoas que fossem de confiança das servidoras da universidade, afastadas na Operação Research, responsáveis pelo esquema para que elas passassem a figurar como bolsistas da instituição de Ensino Superior. Posteriormente, aponta a acusação, essas pessoas iam ao banco e “sacavam os valores ilicitamente creditados em suas contas, para repassá-los às articuladoras das fraudes”, segundo a nota divulgada na terça feira (21) pela Procuradoria da República no Paraná.

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