Vinícius Lummertz
Vinícius Lummertz
Vinícius Lummertz

Escrevo esta coluna na segunda-feira (30) de manhã, momento em que o país recebe a notícia de que o governador João Doria faz a entrega, em nome do Instituto Butantan, do maior lote de vacinas ao SUS desde o início da pandemia: 10 milhões de doses , totalizando 92 milhões 850 mil enviadas ao Ministério da Saúde.

É uma boa referência para encaminhar meu raciocínio para a coluna desta semana: já fazem dez dias que a maior cidade do país, São Paulo, com mais de 12 milhões de habitantes, chegou a 100% da população adulta vacinada com a primeira dose. E o Estado de São Paulo, também na mesma data, passou a ser o primeiro do Brasil a ultrapassar a marca de 70% de imunizados com a primeira dose. Esses números são importantes para os paulistas, mas muito relevantes para todo o Brasil e para os estados turísticos, especialmente.

É um raciocínio simples: a imunização no Estado que mais consome viagens no Brasil tem impacto direto em todo o país. Para você ter uma ideia, no meu Estado, Santa Catarina, 16,7% do faturamento das empresas ligadas ao turismo têm como origem viajantes de SP. Por isso, donos de hotéis, parques temáticos, bares, restaurantes, agentes de viagem, enfim, todos que fazem parte da imensa cadeia de negócios de turismo de Santa Catarina estão de olho no que acontece em São Paulo. O turista paulista poderá, inclusive, cobrir uma parte dos prejuízos com a ausência dos argentinos, que desde os anos 80 tiveram o Litoral catarinense como principal destino no verão. Crises econômicas na Argentina e a pandemia afastaram os hermanos.

Segundo o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria que comando em São Paulo, a de Turismo e Viagens, o Estado é o principal exportador de turistas para nove estados brasileiros e lidera em volume de gastos em 17 deles e no Distrito Federal. Outro dado importante levantado pelo CIET, e que já citei aqui no IG, é o de que os paulistas têm R$ 20 bilhões do que estamos chamando de “poupança da quarentena” reservados principalmente para viagens.

Portanto, não é sem fundamento que o presidente da CVC, Leonel Andrade, venha dizendo que “vão faltar hotéis e aviões na temporada de verão”. Ou então que “estourou a boiada do turismo”, como afirmou na semana passada o diretor geral do Airbnb na América do Sul, Leonardo Tristão. E, sem dúvida, a maior parte desses turistas que fazem a alegria de uma ‘megaretomada’ para Turismo&Viagens - o que mais sofreu na pandemia em todo o planeta – são os paulistas vacinados.

A vacinação tem trazido confiança de que é possível retornar com as viagens respeitando os protocolos de segurança. O medo do coronavírus e a necessidade de isolamento impediram os deslocamentos, o consumo dos atrativos de lazer e a organização dos eventos e encontros de negócios. Em 2020, mais de 35 mil empresas foram fechadas e 397 mil empregos foram perdidos, redução de 12,8% da força de trabalho na indústria turística, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Você viu?

Desde janeiro de 2021, quando a primeira dose de vacina foi aplicada no país – graças ao governador paulista João Doria - a preocupação do Turismo passou a ser com o avanço da imunização. Com a previsão de mais de 90% da população vacinada com a primeira dose, as expectativas para as viagens nos próximos meses para o resto do país ficaram mais otimistas. Segundo a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), 71% das associadas já foram procuradas por passageiros vacinados interessados em comprar viagens.

Agora, vamos fazer um exercício de imaginação. Imagine você se SP estivesse sendo administrado como o Brasil vem sendo. Lembrando que o Estado de São Paulo é o maior polo econômico e industrial do Hemisfério Sul do planeta, produz um terço do PIB brasileiro – que é maior do que países como o Chile, a Bélgica, Singapura e a África do Sul. E tem uma população equivalente à da Argentina, com 46 milhões de habitantes. É um país dentro do Brasil – e, um país que se estivesse sendo mal administrado e negacionista, estaria “puxando” toda a Nação para um irreversível caos econômico e social.

Pelo contrário, com uma gestão exemplar como vem fazendo João Doria, São Paulo se consolida como locomotiva que lidera o país, salvando vidas e a economia com o pioneirismo da vacina, recuperando a economia nacional e a retomada do turismo e das viagens. Um Estado que deve crescer quase 8% em 2021 e que vai puxar o PIB brasileiro para cima.

Você já deve ter visto nas redes nacionais de televisão o comercial SP pra Todos. Ele é o resultado de todo um trabalho que realizamos no Governo paulista durante o período mais agudo da pandemia. Preparamos e estruturamos o turismo paulista para receber visitantes de todo o país e do mundo, como receberemos no GP de São Paulo de F1 em novembro, o primeiro grande evento do Brasil depois de março de 2020, quando a OMS declarou a pandemia mundial.


Toda essa esperança e positividade só é possível porque São Paulo é um Estado administrado com eficiência, muito trabalho e respeito à população. Com certeza, em breve, o Brasil assim também o será.

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