Dispositivo sustentável para animais cegos
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Dispositivo sustentável para animais cegos


A pandemia acelerou ainda mais um movimento que já vinha em pleno crescimento: animais domésticos, incluídos através de grupos de doações ou pelo ascendente mercado de vendas Pet. Este fatura mais de R$ 52 bilhões. Trata-se de uma expansão de 33% desde o início da fase de isolamento, segundo o Sebrae. O  Brasil hoje é o terceiro em maior neste segmento. São cerca de 150 milhões de seres de estimação trazendo amor aos nossos lares.

Embora a presença dos gatos entre os humanos seja registrada desde o Egito Antigo hoje representam 28%, enquanto os peixes, 12%. As aves são responsáveis por 6% - índice alavancado pela inclusão contemporânea das calopsitas, pássaro australiano que foi descoberto recentemente pelos brasileiros como opção Pet. No entanto, o campeão neste segmento continua imbatível o “melhor amigo do homem” . São 54,2 milhões de cães nos lares, segundo censo do Instituto Pet Brasil.

O aumento da quantidade, do tempo de vida, os riscos urbanos e alimentação inadequada são fatores que contribuem para que cada vez mais convivamos com necessidades especiais entre os queridos bichos. A cegueira está entre os principais problemas de saúde, provocada por diversas causas: a idade avançada, a herança genética, doenças sistêmicas, diabetes, aumento da pressão arterial e glaucoma.

Mães de cães cegos

Surgido de uma solução caseira, o Brasil torna-se pioneiro no desenvolvimento de um aparelho para evitar acidentes com os bichinhos de baixa ou nenhuma percepção ótica. O dispositivo foi desenvolvido por Luana Wandecy e Natália Dantas, que tinham cães cegos e estavam profundamente sensibilizadas com as constantes lesões e a falta de autonomia de seus pets.

“À medida que minha cachorrinha, Princesa, envelhecia, ela estava perdendo sua visão e com isso, começou a se machucar frequentemente, colidindo com paredes e móveis. Eu e minha família procuramos e não encontramos nada que a permitisse andar sem se machucar. Ao compartilhar esse problema com Natália, que também tinha um cãozinho poodle cego chamado Sherlock, surgiu a ideia de criar uma solução para a cegueira canina”, relembra Luana Wandecy - uma das criadoras da Blindog.

Sustentabilidade

A fabricação do equipamento também está engajada no cuidado com o meio ambiente. Por isso, os dispositivos são produzidos com materiais sustentáveis e recicláveis, reforçando seu compromisso com a natureza e o futuro das próximas gerações. Sem dúvida alguma, são fatores que ajuaram no despertar do interesse do mercado internacional. Para os animais, também não há riscos tóxicos ou a saúde pelo seu uso.

Além da inovadora tecnologia empregada, o dispositivo é leve, confortável e recarregável, proporcionando aos bichos cegos uma forma eficaz de navegar pelo mundo. Através de estímulos, rapidamente aprendem a associar as vibrações a possíveis obstáculos, permitindo-lhes desviar com segurança. Com uma taxa de sucesso notável, em geral a adaptação acontece no prazo de uma semana. Assim, proporciona uma nova rotina mais próxima ao normal e independente aos pets.

O equipamento já impactou positivamente a qualidade de vida de mais de 6000 animais no Brasil, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Canadá, Peru, Alemanha, Inglaterra, Colômbia, Chile e Holanda, redefinindo sua independência e bem-estar.

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