Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados - 07/07/2023
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), fez críticas ao tratamento dado aos ex-presidentes e disse que todos deveriam ser respeitados como instituição. A declaração foi dada nesta quinta-feira (17) durante um evento do Progressistas em São Paulo.

Ao ser questionado sobre o possível envolvimento de Jair Bolsonaro (PL) no escândalo das joias, Lira disse que não faria um pré-julgamento do caso e defendeu uma “qualidade de vida” aos ex-presidentes. O presidente da Câmara lembrou de problemas envolvendo outros ex-chefes do Planalto e declarou ser necessário ter mais “cuidado” ao tratar sobre eles.

“Ela [democracia] tem que cuidar melhor dos seus ex-presidente. Tivemos problemas com o ex-presidente Temer, Lula, Dilma, agora Bolsonaro. Nós vivemos em um sistema que quantos impeachments tivemos? Todos os problemas são políticos”, afirmou.

Lira ainda defendeu a mudança na legislação para dar o tratamento devido aos ex-presidentes. Perguntado sobre um possível foro privilegiado, o presidente da Câmara desconversou e não soube detalhar quais mudanças poderiam ser feitas.

“A gente tem que ter uma legislação que não proteja nada de errado, mas que dê uma cerca qualidade de vida a qualquer ex-presidente quando deixa a Presidência da República. Não falo da vida pessoal, falo da instituição presidente da República”, disse.

“Não estou falando nada de anistia. Temos que ter algum cuidado, não estou falando que tem que se passar por cima de coisas erradas, mas é necessário ter um tratamento melhor. Eu não tenho ideia [de como ter o ‘cuidado’], mas é preciso resguardar”, concluiu Lira.

Arthur Lira participou do evento que marcou a filiação do secretário da Casa Civil de São Paulo, Arthur Lima, ao Progressistas. Aos jornalistas, o presidente da Câmara disse que as conversas para que a legenda faça parte da base governista, mas desconversou sobre qual pasta será disponibilizada pelo governo Lula.

A tendência é que André Fufuca (Progressistas-MA), aliado de primeira ordem de Lira, assuma o Ministério de Desenvolvimento Social. Porém, Fufuca poderá perder o poder sobre o Bolsa Família, carro-chefe da cúpula petista, responsável pela maior fatia do orçamento da pasta.

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