Jair Bolsonaro ficará inelegível até 2030
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Jair Bolsonaro ficará inelegível até 2030

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu a notícia de sua inelegibilidade com “serenidade”, afirmam aliados do ex-chefe do Planalto à coluna. Segundo pessoas próximas, Bolsonaro esperava o resultado e já tinha perdido as esperanças por um pedido de vista.

Duas pessoas próximas ao ex-presidente relataram que Bolsonaro esteve tranquilo enquanto ouvia o voto da ministra Carmen Lúcia, que deu o veredito contrário ao ex-presidente. O sentimento da cúpula bolsonarista era que não haveria "milagres" para salvar o ex-presidente.

“Recebeu com serenidade. Falei com ele e estava bem tranquilo. Não tinha mais nada o que fazer, nem conversar. O resultado já era esse antes mesmo do julgamento começar, nem milagre salvava”, disse uma fonte.

"Ele está calmo. Vai recorrer, mas sabe que não conseguirá voltar. Bola para frente", afirmou outro aliado.

Correlegionários informaram que havia um clima de certa esperança por um pedido de vista do ministro Raul Araújo na quinta-feira (29).

“Ele esperava sim. Deram todos os sinais de que o ministro Raul iria pedir vistas e isso acendeu as esperanças por mais tempo para, pelo menos, reduzir o tamanho da derrota. Não deu. Vamos focar em outros caminhos agora”, afirmou uma fonte.

Para aliados, o resultado do julgamento era esperado desde o resultado do segundo turno das eleições, que decretou a primeira derrota de Bolsonaro na vida política. A preocupação da cúpula bolsonarista, agora, se volta as ameaças de prisão que circulam o ex-presidente.

“Ele está tranquilo. Sabia que ficaria inelegível desde o momento que perdeu a eleição. A preocupação é não ser preso”, ressaltou um correlegionário.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Jair Bolsonaro pela propagação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas. Com isso, Bolsonaro ficará inelegível até 2030. O julgamento encerrou com o placar de 5 a 2 contra o ex-presidente.

O ex-presidente atacou o sistema eleitoral brasileiro em uma reunião com embaixadores em junho de 2021. Na visão da Corte Eleitoral, Bolsonaro cometeu abuso de poder político ao transmitir a reunião na TV Brasil, emissora estatal do governo federal.

Além do relator, ministro Benedito Gonçalves, os ministros Floriano Marques Neto, André Tavares, Carmen Lúcia e Alexandre Moraes votaram pela condenação. Os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques abriram divergência e pediram a absolvição do ex-presidente.

A defesa de Bolsonaro promete recorrer da decisão da Corte Eleitoral. Entretanto, os advogados informaram que vão esperar a publicação do acórdão para definir as estratégias do recurso.

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