Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro de 2022
Alan Santos/PR
Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro de 2022

As principais lideranças do PL estão sem esperança em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). O grupo tem certeza que o STF (Supremo Tribunal Federal) vai deixar o ex-chefe do Executivo federal inelegível. Uma ala defende que o antigo mandatário seja deixado de lado, enquanto outra parte do partido quer salvá-lo dos ministros da Corte Eleitoral.

A maioria dos ministros da Suprema Corte possui divergências em relação a Bolsonaro e querer que ele responda por possíveis crimes que cometeu nos últimos quatro anos. O ato terrorista em Brasília no dia 8 de janeiro só aumentou a tensão que há entre todas as partes.

Bolsonaro se isolou ainda mais na última semana e aliados estão preocupados que o ex-governante do país desista de fazer oposição a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se o capitão da reserva bater o martelo e desistir da política, vai abrir um espaço para ser ocupado na liderança da direita. E a grande preocupação é que seja um nome menos aliado ao Centrão.

Por isso um grupo pediu que o PL reforce a equipe jurídica do ex-presidente para defendê-lo das acusações que vem sofrendo na Justiça. A solicitação foi atendida, porque Valdemar Costa Neto trata como fundamental ter o ex-presidente com capital político. Sua maior preocupação é com a eleição 2024.

Além disso, os aliados mais fiéis apontam que ninguém da direita nunca conseguiu ter tamanha popularidade quanto Bolsonaro. O medo é que esse capital político se esvazie e fortaleça a esquerda, que atualmente tem a máquina do governo federal.

O lado do PL que não quer mais Bolsonaro

Há também um grupo no PL que defende o abandono de Bolsonaro. A justificativa é que o ex-presidente se tornará inelegível e se transformará em um esqueleto político. A ideia é que ele seja largado o mais rápido possível para que o partido encontre um novo caminho dentro do campo da direita.

O afastamento do ex-governante também servirá como um recado para o Supremo. Existe muita preocupação que a sigla chegue em 2024 sem autorização para receber o fundo eleitoral.

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