Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira e o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
José Cruz/Agência Brasil - 09.11.2022
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira e o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Arthur Lira (PP-AL) ficou muito surpreso com o comportamento do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe da Câmara dos Deputados esperava que o petista jogasse toda a responsabilidade em cima do antigo governante do Brasil, Jair Bolsonaro (PL-RJ). Porém, o atual mandatário decidiu defender as instituições e dialogou com todos os poderes para encontrar soluções em defesa da democracia.

Com os atos terroristas, Lira foi aconselhado por auxiliares a repudiar e se colocar à disposição do STF e do Planalto para enfrentar os responsáveis pelas manifestações antidemocráticas. Apesar de ter feito da base de Bolsonaro, ele não pensou duas vezes em se descolar dos bolsonaristas.

Só que o presidente da Câmara se preocupou com possíveis atitudes que Lula poderia tomar. O seu maior medo era da reunião que seria realizada com os governadores e ministros do Supremo.

“Ele temeu que o Lula fizesse críticas a Bolsonaro e criasse constrangimentos. Só que o presidente teve um comportamento republicano e respeitou todas as instituições. Criticou os terroristas, defendeu a democracia e deu muito espaço para que as autoridades falassem. Lira ficou muito surpreso”, explicou um interlocutor do chefe da Câmara.

Para aliados, o deputado confessou que o jeito de Lula é muito diferente do antecessor. “Com Bolsonaro, óbvio que o tom seria outro. Aliás, não teria sido feita a reunião, né?”, comentou o auxiliar aos risos.

Terrorismo em Brasília

Na tarde de domingo, milhares de pessoas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os prédios foram depredados e policiais acabaram sendo agredidos por terroristas. Após horas, a PM do Distrito Federal retirou os golpistas dos prédios.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a realização de intervenção federal em Brasília para evitar que novos ataques ocorressem na capital federal.

Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por participarem dos movimentos terroristas e antidemocráticos, de acordo com o Ministério da Justiça.  Os acampamentos no QG do Exército começaram a ser desmontados em vários estados após determinação do Supremo Tribunal Federal.

A Justiça iniciou uma série de investigações para saber quem financiou os movimentos terroristas em Brasília.  Senadores também passaram a recolher assinaturas para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para saber quem são os responsáveis do episódio.

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