Flávio Bolsonaro
(PL-RJ) recebeu a missão do núcleo duro do bolsonarismo de articular nos bastidores para impedir que o Supremo Tribunal Federal
transforme o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL-RJ) em inelegível. O senador tem conversado com parlamentares e membros do poder judiciário para encontrar caminhos que não deixem seu pai sem poder concorrer a cargos públicos.
Flávio escutou de caciques do Partido Liberal que Bolsonaro será o líder da oposição, caso ele queira. Valdemar Costa Neto garantiu que a sigla dará todo apoio para o capitão da reserva ser o principal nome da oposição e combaterá qualquer figura que tente ocupar o espaço de representante do antipetismo.
Só que o senador foi avisado que a fala de Lula sobre não dar anistia a quem cometeu possíveis irregularidades é um sinal de que o novo governo vai apoiar qualquer decisão que for tomada pelos ministros do STF, principalmente se partir de Alexandre de Moraes.
O magistrado foi classificado pelos bolsonaristas como o maior inimigo de Bolsonaro no poder judiciário. A aposta é que Moraes irá acelerar os processos que estão em suas mãos que prejudicam o ex-presidente. Eles não descartam a hipótese até do relatório da CPI da Covid voltar à tona e virar uma arma do ministro.
Lideranças do PL não temem um possível pedido de prisão contra o ex-chefe do Executivo federal. A avaliação interna da legenda é que o caso de Lula serviu como lição para o poder judiciário. Levar Bolsonaro para cadeia poderá fortalecê-lo, segundo a visão de aliados do ex-governante do Brasil.
E qual o temor de Flávio Bolsonaro e seus aliados?
O medo de pessoas próximas da família Bolsonaro é que Moraes consiga transformar o ex-presidente em inelegível. O entendimento é que o ministro tem munição suficiente para atingir esse objetivo.
Só que uma decisão dessa magnitude necessitará do apoio de outros ministros e membros do poder judiciário. Por ter um perfil mais político e ter bom trânsito com diversos setores, inclusive dentro da esquerda, Flávio foi escalado para impedir que seu pai fique inelegível.
O senador espera que André Mendonça e Nunes Marques o ajudem no caso. Ele também quer conversar com Gilmar Mendes, já que o ministro é conhecido por ser mais ponderado.
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