Tarcísio de Freitas tem trabalhado para manter seu grupo unido
Reprodução/TV Globo
Tarcísio de Freitas tem trabalhado para manter seu grupo unido

Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem enfrentado dificuldades para equilibrar os grupos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Gilberto Kassab . O governador eleito em São Paulo tem buscado fugir dos bolsonaristas radicais para agradar o chefe do PSD , mas seu comportamento vem desagradando a cúpula raiz do mandatário.

Segundo apurou o Portal iG, Kassab tem dado conselhos para o futuro governante do estado paulista. Um dos pedidos feitos pelo ex-prefeito de São Paulo é para não permitir a entrada de bolsonaristas radicais no governo. A ideia é levar Freitas para o Centro e ficar com o protagonismo que já foi do PSDB.

O poder do presidente do PSD não é por acaso. Essa foi uma das condições imposta por ele para apoiar Tarcísio, o que foi acerto prontamente. O ex-ministro da Infraestrutura não quer quebrar o acordo e tem seguido, até o momento, os desejos do seu novo padrinho político.

Para “enrolar” Bolsonaro, Tarcísio tem usado o discurso que suas secretarias serão ocupadas por profissionais técnicos como fez no Ministério da Infraestrutura e o levou a ser o nome predileto do presidente da República para disputar o Palácio dos Bandeirantes. Desta forma, ele aposta que conseguirá escapar de cobranças.

Não é segredo para ninguém que Kassab quer distância de Bolsonaro. Primeiro porque o PSD fará parte da base governista de Lula.  O segundo motivo é que Freitas consiga ser um nome presidenciável e concorra nas eleições de 2026.

Bolsonaristas cobram Tarcísio de Freitas

Bolsonaristas raiz estão irritados com Freitas. Eles sentem que o governador eleito não tem dado a menor atenção para os pedidos do grupo mais radical que o apoiou durante as eleições. O poder de Kassab é a maior discordância que tem ocorrido entre a ala com o ex-ministro.

A nova irritação foi o encontro de Tarcísio com Alexandre de Moraes para falar sobre segurança pública. O entendimento dos apoiadores de Bolsonaro é que o futuro mandatário do estado não defenderá as agendas bolsonaristas e fará de tudo para se aproximar do centro.

Porém, um possível rompimento só ocorrerá no fim do primeiro semestre do ano que vem, caso eles não consigam nenhuma entrada no governo eleito. Até lá, a guerra será fria.

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