
A chegada de Rui Branquinho ao Grupo We diz mais sobre o futuro da criatividade brasileira do que pode parecer à primeira vista. Num mercado em que títulos se multiplicam e cargos se reinventam a cada ciclo, a criação de uma cadeira inédita — um Chief Creative Officer (CCO) pensado sob medida para um nome — é um movimento raro. E quando esse nome é Rui Branquinho, a raridade vira sinal claro de direção.
Branquinho assume a função em um momento em que o Grupo We, comandado por Fabio Rosinholi e Roberto Campos, busca costurar sua identidade de forma mais integrada. A visão é simples e inteligente: colocar um olhar criativo sobre tudo o que o ecossistema produz, do conceito à reputação.
E poucos publicitários carregam um repertório tão completo para isso. Desde o início da carreira, em 1991, passando pelos sete anos ao lado de Washington Olivetto na W/Brasil, pelas mesas de DPZ, Y&R e Dentsu, pela fundação da Cápsula e pelos anos recentes na GiveBack e nas consultorias para agências como a Monks, Branquinho circula com naturalidade entre tradição e inquietação contemporânea. É exatamente esse tipo de trânsito que o mercado tem pedido.
Ao criar uma cadeira inédita e trazer Branquinh o para ocupá-la, a We aposta em consistência criativa como estratégia de marca, não como etapa de entrega. O novo CCO chega para conectar áreas, afinar discurso e elevar o nível das ideias de forma transversal.
Se o desafio é transformar essa visão em cultura viva, o movimento inicial já diz muito. E para quem conhece a trajetória de Branquinho, é difícil imaginar alguém mais preparado para essa costura.
