Suposto atirador Thomas Matthew Crooks antes de disparo contra Trump
Reprodução/redes sociais
Suposto atirador Thomas Matthew Crooks antes de disparo contra Trump


mais recente episódio envolvendo violência e política está ainda sob investigação, mas já se sabe que o atirador, que fez duas vítimas fatais e quase matou o candidato à presidência Donald Trump , é um jovem de 20 anos, Thomas Matthew Crooks , alguém como típico tem perfil de “ lobo solitário ”, ou seja, pessoas que atuam sozinhas, sempre de modo violento e movidas por percepções muito pessoais de temas como justiça e liberdade.

Politicamente, Crooks possuía uma certa dubiedade. Seus pais eram democratas e ele próprio se inscrever numa entidade ligada ao partido democrata. Contudo, segundo relato de quem o conhecia, seus amigos eram todos republicanos . Na escola sofreu algum tipo de bullying , contudo, não se sabe a profundidade dessa experiência.

Os EUA parecem ser pródigos para este tipo de ação, em que por vezes há uma motivação ideológico-política, e por vezes não há. Um episódio com claro viés ideológico foi o “Atentado de Oaklahoma City”, em abril de 1995. Conduzido e planejado por Timothy McVeigh e Terry Nichols, dois supremacistas brancos militantes de extrema-direita, foi um verdadeiro ato terrorista que matou 168 pessoas e feriu outras 680

Outro episódio, bem marcante, foi o chamado “Massacre de Columbine”, ocorrido em abril de 1999, na Columbine High School, na cidade norte-americana de Columbine. Os autores do crime, os ex-alunos Eric Harris e Dylan Klebold, mataram 12 alunos e um professor. Usaram até bombas para dificultar a ação dos bombeiros. E ao final se suicidaram na biblioteca da escola.

O Brasil, contudo, já não está mais fora desse tipo de ocorrência. Citamos aqui ao menos um episódio marcante, o chamado “Massacre de Suzano”, ocorrido em março de 2019, numa escola pública no município de Suzano, estado de São Paulo. Dois atiradores, ex-alunos, mataram cinco estudantes e duas funcionárias da escola. No trajeto, e num comércio próximo à escola, a mesma dupla também matou o tio de um dos assassinos. Após o massacre, um dos atiradores matou o comparsa e em seguida cometeu suicídio.

O episódio mais recente, contudo, é de outra linhagem. Remete aos atentados que vitimaram presidentes dos EUA como, por exemplo, John Kennedy, em novembro de 1963, em Dallas; Abraham Lincoln, em abril de 1865, em Washington; James Garfield, em outubro de 1881, em Washington; William McKinley, em maio de 1901, em Buffalo e o atentado não fatal contra Ronald Reagan, em março de 1981, em Washington.

O foco desses ataques por vezes é apenas a expressão de uma enorme frustração e também de um grande ressentimento por parte de seus executores, bem por isso, pode haver a expressão de um viés político-ideológico em tais ações, mas isso não é mandatório. Se diz “lobo solitário” para se referir a esses criminosos por agirem fundamentalmente sozinhos ou no máximo em duplas.

A grande pergunta que fica é: como evitar, como ao menos antecipar ou como se precaver deste tipo de ato? A resposta é vaga e especulativa, porque o autor ou autores destes atos muitas vezes são descritos como “pessoas normais” e sem qualquer indicativo de violência anterior, aliás, como é o caso de Crooks, cujos colegas de escola o qualificaram como “educado, inteligente e tímido”.

Para quem quiser acessar mais material meu e de outros pesquisadores, deixo aqui o link do Instituto Convicção , do qual faço parte.

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