O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Marcelo Camargo/Agência
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Lula (PT) entrou em campo para aprovar a PL das Fake News e mandou liberar as emendas impositivas, conhecida popularmente como Orçamento Secreto, para deputados federais que estejam pendendo para votar contra o projeto, mas que sejam passíveis de mudança.

A coluna ouviu de uma fonte próxima do Planalto que a decisão do presidente aconteceu logo após o fim da reunião com Arthur Lira (Progressistas). Nela, o presidente da Câmara avisou que não havia votos suficientes para aprovar o projeto e considerou que isso seria uma derrota para o governo. Membros da base aliada, no entanto, discordam e consideram que, no caso de reprovação, quem demonstraria fraqueza seria o próprio Lira.

Mal terminou a reunião e Lula convocou seus ministros, inclusive Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, e ordenou que destravasse a liberação das emendas impositivas. Desde que o presidente assumiu, as emendas estão empacadas por falta de acordo entre Lira e Rodrigo Pacheco (PSD). O presidente entende que, com dinheiro em mãos para levar projetos às suas bases, os parlamentares vão votar a favor.

Na determinação, porém, está claro que as emendas serão liberadas a conta gotas porque a ordem é fazer com que parlamentares da base votem a favor da PL das Fake News. Uma pessoa próxima ao governo afirmou que um cálculo de Lira é de que, com esse movimento, a PL ganharia rapidamente ao menos 20 votos e caminharia para uma aprovação. "Mesmo assim, não será fácil", garante a fonte ouvida pela coluna.

Lula estabeleceu que a PL precisa ser aprovada. O presidente quer dar um sinal de força dentro do Congresso e mostrar para a oposição, principalmente ao bolsonarismo, que ele sabe usar a máquina e vai aprovar o que for necessário. Por outro lado, deputados que compõem com o governo já demonstram pessimismo e defendem que o projeto seja abandonado e a regulamentação fique nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal). Esse movimento, ao menos por enquanto, está distante do gosto de Lula.

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