Lula durante videochamada com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no Palácio do Planalto
Ricardo Stuckert/PR - 02.03.23
Lula durante videochamada com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no Palácio do Planalto

Luiz inácio Lula da Silva (PT) tem chances reais de ser indicado ao prêmio Nobel da Paz e não se trata de uma torcida ou grupo isolado sem noção de realidade. A iniciativa, na verdade, surgiu da comunidade internacional organizada, com apoio de membros da ONU (Organizações das Nações Unidas) como forma de mandar um recado para a extrema-direita e para radicais que estão investindo em desinformação.

À coluna, aliados do atual presidente explicaram que a sugestão nasceu de membros da ONU, durante uma reunião informal e ganhou apoio de parte dos Democratas nos EUA. Segundo o núcleo duro do PT, o próprio presidente dos EUA, Joe Biden, teria sido simpático à ideia. "Os americanos sabem que um Nobel para o Biden enfraquece o recado porque os EUA são muito visados e tiraria o foco", argumenta um ministro petista.

Na comunidade internacional, há membros da Europa que também manifestaram apoio a iniciativa de indicar Lula. O presidente da França estaria encabeçando a iniciativa e buscando suporte da União Europeia e do Reino Unido a fim de fortalecer uma possível candidatura.

A justificativa é uma resposta ao radicalismo crescente e a destruição do Meio Ambiente promovida no mundo todo pela agenda da extrema-direita. "As rápidas decisões de Lula em favor da Amazônia e a defesa incondicional e urgente para salvar os yanomamis colocaram o presidente como potencial indicado ao Nobel da Paz", lembra um membro da cúpula do Governo.

Estas seriam as justificativas oficiais, mas a ideia é uma resposta a não-política planejada por nomes como o ex-presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump. "A comunidade precisa responder que a política pode oferecer soluções ao momento delicado que o mundo vive", lembra. Além disso, o fato de Lula estar articulando um acordo de paz que colocaria fim na guerra entre Rússia e Ucrânia também mostra o protaonismo no Brasil.

A verdade, porém, é que por mais favorito que seja a garantir uma indicação ao prêmio Nobel, mesmo os mais otimistas acham que Lula não conseguirá vencer a premiação. "A comunidade está pendendo para nomes emergentes que tentam salvar o meio ambiente", revela uma fonte à coluna sem citar de quem se trata. Ainda que não vença, ter a indicação garantida seria um marco para o novo governo de Lula.

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