O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) em discurso na tribuna do Senado
Roque de Sá/Agência Senado - 01/02/23
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) em discurso na tribuna do Senado

Jair Bolsonaro (PL) foi informado, através de um grupo de WhatsApp, minutos depois da vitória de Rodrigo Pacheco (PSD) ser confirmada que de nada adiantou seu apoio a Rogério Marinho (PL) . Mas a reação do ex-presidente não foi de fazer um mea-culpa, antes preferiu atacar pessoas próximas e considerou que seu partido foi o principal responsável pela derrota.

No grupo, Bolsonaro reagiu reclamando que o PL não o apoiou suficientemente e por isso ele próprio perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O PL não apoia, não faz o que tem de ser feito e o PT passa o caminhão por cima", teria dito o ex-presidente a aliados. "Fomos traídos porque o PT comprou todo mundo, a gente precisa aprender a comprar também", insistiu.

Bolsonaro também responsabilizou o próprio Marinho pela derrota ao lembrar que o político não teria sido habilidoso o suficiente para dar garantias a senadores da oposição e que estavam insatisfeitos com o início do governo Lula. "Ninguém gosta do PT e eles vencem no Senado? Incompententes, isso não tem sentido", reclamou sem citar nomes neste momento.

A expectativa do bolsonarismo era de que Marinho poderia vencer, principalmente se ele tivesse a capacidade de levar a votação para o segundo turno. Segundo a coluna antecipou, embora houvesse crescimento do nome do PL, com a entrada do governo na disputa , com direito até a oferecimento de cargos, a tendência era mesmo de vitória de Pacheco.

Bolsonaro não mandou mensagem privada para Marinho após a derrota e pessoas próximas ao ex-presidente afirmaram que ele não quis sequer conversar com os filhos. "Ele estava quieto, digerindo a própria derrota e os políticos o infernizaram para voltar ao cenário para perder de novo", contou um aliado ao confirmar que o estado de espírito do político não é dos melhores neste momento.

Ao contrário dele, Lula fez questão de ligar para Pacheco e parabenizá-lo pela vitória minutos após o resultado ser confirmado. No governo, o clima é de alívio no primeiro grande teste com a nova composição do Senado, mesmo com um resultado que não garante gordura em aprovação de pautas mais importantes.

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