O presidente Michel Temer desembarca em Oslo, na Noruega, na quinta-feira, diante de uma crise diplomática-governamental para resolver, e terá de dar respostas rápidas para não passar vergonha.
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O ministro do Meio Ambiente norueguês, Vidar Helgesen, enviou no fim de semana carta ao colega Zequinha Sarney criticando a aprovação da MP 756, que reduz área de preservação em floresta nacional no Pará – conforme revelou a Coluna ontem.
Mas Temer agiu rápido e, antes do embarque para a Rússia, vetou as duas Medidas Provisórias – a 756 e 758, aprovadas pelo Congresso Nacional – que abriam caminho para pecuária, exploração mineral e vendas de posses na região do Pará. Porém, ao passo que recuou nisso, deu aval para a base governista apresentar o mesmo teor num projeto de lei para tramitação na Câmara. Ou seja, o recuo em tom ‘ambientalista’ foi literalmente para ‘gringo ver’ – ou os noruegueses.
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A Noruega acompanha de perto os assuntos da Amazônia. O país doou mais de US$ 1 bilhão para o fundo da Amazônia, administrado pelo Brasil. Os noruegueses sabem que Temer representa a bancada ruralista no Congresso. Lembram em especial que ele não defendeu as mudanças do novo Código Florestal. E por isso vão manter a cobrança com a notícia que já chegou lá, de que ele avalizou um PL.