A investigação com o julgamento no Supremo Tribunal Federal dos que forem comprovadamente envolvidos no esquema da Odebrecht pode durar de cinco a sete anos (o Mensalão, de pagamento de mesada por votações, demorou sete anos desde a revelação).
Leia também: Temer é pressionado a recuar no afastamento de ministros
Em suma, a Procuradoria Geral da República colocou todos os citados num balaio só: o STF, a PGR e a Polícia Federal terão de descobrir ainda o que é caixa dois, o que é propina e o que é doação legal para os políticos.
Será longo caminho, o que pode frustrar expectativas geradas pela sociedade de Justiça rápida. Neste cenário, parte dos deletados pode ser inocentada até o fim do processo.
Leia também: PDT na roda da Odebrecht: Lupi e Osmar Dias citados
A revolta da sociedade e de parte da boa política nacional tem endereço certo, embora a mídia não evidencie. Nota-se que não é a Previdência, a Fiscal ou Trabalhista. Para o País ter jeito as reformas mais urgentes serão a Cultural, a do Código do Processo Penal e a do Código Penal.
José Alencar, o saudoso ex-vice-presidente, citava que o maior problema é a impunidade.