Em sua quarta edição, o projeto propõe abrir espaço para pensar e fazer moda a partir de uma perspectiva mais democrática e inclusiva. “Tudo isso faz parte de um processo de abrasileirar nossa moda, que também é nutrida por África e referências indígenas. A moda precisa expressar outras vivências, outras memórias, outros corpos. Esse é o nosso objetivo”, afirma Pamela Rosa, do Abayomi Ateliê.
Leia também: A revolução dos cachos: assuma as suas raízes de cabeça erguida
Para o coletivo Manifesto Crespo, que coordena o projeto, e para o Núcleo Socioeducativo da Programação do Sesc 24 de Maio, idealizador da iniciativa, esta é uma oportunidade de ressignificar a moda. Neste ano, optaram por não usar o termo ‘modelo’, mas ‘mulheres desfilantes’. Além disso, as organizadoras não usam ‘looks’ para definir as peças, preferem criações. Na passarela, a moda dos ateliês Abayomi Ateliê, África Plus Size Brasil, Candaces Moda Afro, Cynthia Mariah e Xongani.
Leia também: Jojo Todynho continua ganhando holofotes e milhares de fãs pelo mundo
Os grupos definiram duas linhas condutoras para a coleção. Todo o trabalho deverá expressar a conexão entre africanidade e afro-brasilidade, bem como percorrer uma trajetória que nasce em referências ancestrais até o futurismo. No dia 17 de março, das 16h às 18h, acontecerá um desfile a céu aberto na Rua Dom José de Barros, região central de São Paulo.