Metade das prais do mundo pode desaparecer até 2100
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Metade das prais do mundo pode desaparecer até 2100


Um novo estudo publicado pela revista científica Nature , nesta segunda-feira (2), indica que metade das praias do mundo pode desaparecer até o fim do século. Antes disso, por volta de 2050, é possível que as áreas costeiras enfrentem de 10% a 12% de erosão em seus solos. Até 2100, áreas bastante povoadas podem ter um recuo de 100 metros em suas linhas costeiras.

"Consideramos o limiar de 100 metros porque, se a erosão exceder 100 metros, isso significa que, provavelmente , a praia desaparecerá, porque a maioria das praias do mundo é ainda mais estreita que 100 metros. De certa forma, consideramos que essa é uma avaliação conservadora ", explica Michalis Vousdoukas, oceanógrafo do Centro de Pesquisa da Comissão Europeia que assina a pesquisa., realizada em parceria com universidades de Portugal, Espanha e Holanda.

O estudo analisa como as praias do mundo vão reagir a um cenário com o nível do mar mais alto e tempestades mais intensas. Também foram considerados processos como erosão e geologia subjacente de uma praia, além das intervenções humanas, como construções de prédios e barragem.

Impacto

Os resultados indicam que o aumento do nível do mar deve superar todas as variáveis. Enquanto isso, quanto mais gases captadores de calor os seres humanos liberam na atmosfera, piores os impactos nas praias.

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“Nossas praia se movem para frente e para trás em resposta à mudança do nível do mar, isso desde o início dos tempos”, explica Robert Young, diretor do Programa para o Estudo de Linhas Costeiras Desenvolvidas.

Redução de danos

Segundo o estudo, as praias que enfrentam o pior nível de erosão estão localizadas em áreas urbanas, com grandes prédios e estradas perto da costa. Isso ocorre porque as intervenções humanas interrompem os processos naturais que permitem que a areia se reabasteça por contra própria.

"No momento, o que estamos tentando fazer em todos os lugares é manter a linha costeira no lugar. Nas próximas décadas, no entanto, não seremos capazes de fazer isso, mesmo se quisermos", alerta Young.

O que resta no momento é tentar reduzir o impacto, cortando a poluição causada por gases. “Se tentarmos cumprir as metas do acordo de Pais, podemos reduzir 40% dos impactos que projetamos nos estudos”, pondera Vousdoukas.

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