Completamente dependentes do gelo marinho para sobreviver, os ursos polares estão sofrendo impactos consideráveis com o derretimento na região do Ártico. Um estudo publicado pela revista cientifica Ecological Apllications, aponta que os animais estão ficando mais magros e se reproduzindo menos justamente em razão da falta de gelo em seu habitat natural.
“Mudanças induzidas pelo cima no Ártico estão, claramente, afetando os urso polares. Eles são um ícone das mudanças climáticas, e também é um indicador precoce delas, já que são muito dependentes do gelo marinho”, explicou a autora do estudo, Kristin Laidre, professora da Universidade de Washington, em entrevista à CNN.
Laidre e outros pesquisadores acompanharam os movimentos de ursos polares na Baía de Baffin, na costa oeste da Groelândia, durante dois períodos entre as décadas de 1990 e 2010. Foi constatado, que entre 2009 e 2015, os ursos passaram 30 dias a mais em terra do que no período entre 1991 a 1997. Isso porque o gelo está derretendo mais rápido e mais cedo do que deveria.
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Dificuldade para caçar
Quando há pouco gelo no oceano, os urso polares se abrigam na Ilha Baffin, esperando que o gelo se acumule para que eles possam caçar focas. Quanto mais tempo eles passam na terra, mais peso perdem, uma vez que não conseguem caçar.
Os cientistas usaram uma escala que vai de 1 a 3.1 para medir o peso doa animais. O número 3 indica o peso saudável, com gordura o suficiente para mantê-los aquecidos. Foram analisados 352 ursos e nem mesmo 50 foram classificados dentro do peso ideal. As pesquisas comprovaram que em anos com menos gelo, os ursos perderam mais peso.
Reprodução
Além disso, os estudos também indicaram que a perda de gelo faz os ursos polares se reproduzirem menos. O impacto disso na população da espécie na baía de Baffin ainda não foi medido, uma vez que faltam números comparativos.