Espécies de pinguim,
como o pinguim-de-barbicha
e o pinguim-de-adélia
, estão com problemas para se alimentar na Antártida
, a ponto de morrerem de fome. Essas dificuldades são causadas pelo aquecimento da península, segundo cientistas que estudam a precariedade da alimentação como motivo de uma redução das populações dessas aves.
No caso dos pinguins-de-barbichas , foi registrada uma queda superior a 70% no número dos animais dentro do território da Ilha Elefante. Cenários semelhantes foram constatados por cientistas em outras regiões da Antártida.
O problema da fome está diretamente relacionado às mudanças climáticas . Segundo relato do pesquisados Yang Liu, em entrevista ao portal Phys, as temperaturas mais altas estão movendo para o sul, em direção a locais mais frios, as populações de pequenos crustáceos, que são base da alimentação dos pinguims-de-barbicha.
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“O declínio que nós temos visto é definitivamente dramático. Algo está acontecendo com os blocos fundamentais da cadeia alimentar daqui. Nós temos menos abundância de alimento, e isso está reduzindo essas populações cada vez mais e a questão é: isso vai continuar?” afirma Steve Forrest, biólogo integrante de uma expedição norte-americana na Antártida.
Aquecimento
As últimas notícias sobre a Antártida não são das melhores. Cientistas brasileiros do Projeto Terrantar registraram, no dia 9 de fevereiro, o recorde temperatura de 20.75°C na Ilha de Seymour. Até então, desde o início dos registros, o maior valor indicado pelos termômetros era de 19.8°C, anotado por pesquisadores em 1982, na Ilha Signy.
Durante janeiro, cientistas anunciaram que encontraram, pela primeira vez, a presença de água morna em uma geleira da Antártida, descoberta alarmante diante de tantos derretimentos registrados nos últimos anos.