A Somália entrou em estado de emergência nacional no último domingo (2), em razão das da infestação de gafanhotos que atinge o país. Segundo a Organização das Naçoes Unidas (ONU), o fenômeno jamais atingiu níveis tão severos nos últimos 25 anos.
Países como Etiópia e Quênia também estão sofrendo com as “nuvens” de inseto, mas, por enquanto, a Somália foi a única a tornar a emergência oficial. “O ministro da Agricultura declara uma emergência nacional por causa do atual aumento dos gafanhotos, que constituem uma ameaça importante para a frágil situação da segurança alimentar da Somália", comunicou o país em nota oficial.
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Localizados no Chifre da África, uma das regiões mais pobres do mundo, os países afetados sofrem com plantações devastadas, o que traz consequência também para a criação de gado. “As fontes de alimento das pessoas de seu gado estão ameaçadas", afirmou o ministério somali da Agricultura.
Crise humanitária
Segundo especialistas, a infestação de enormes proporções é mais uma das consequências das mudanças climáticas. A região já sofre com secas e inundações.
Em comunicado emitido na última sexta-feira, a Organização de Alimento e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) da ONU alertou que as nuvens de gafanhotos podem provocar uma crise humanitária. “À medida que as infestações da praga continuam a devastar as colheitas em seu caminho, a ONU pede ajuda internacional urgente para combater o agravamento do surto”.