Rio Paraopeba ainda sofre com as consequências do rompimento da barragem de Brumadinho
Lucas Hallel Ascom/Funai
Rio Paraopeba ainda sofre com as consequências do rompimento da barragem de Brumadinho


O rompimento da barragem de Brumadinho , em Minas Gerais , completa um ano neste sábado (25), e o tempo que passou desde então não foi o suficiente para amenizar os problemas causados pela tragédia. É o caso da contaminação do Rio Paraopeba , ainda prejudicado pela lama, repleta de rejeitos de mineração e espalhada em sua água desde a ruptura da represa.

Conforme divulgado em reportagem do Estado de S.Paulo, nesta sexta-feira (24), pesquisadores da Fundação SOS Mata Atântica concluíram que a água do Paraopeba continua contaminada em toda a extensão nos arredores de Brumadinho, e a tendência é que ela só volte a ficar limpa em questão de anos.

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Os pesquisadores percorreram, entre os dias 8 de 17 de janeiro, o mesmo caminho que fizeram no ano passado, uma semana depois do rompimento. A expectativa de encontrar sinais de melhoria foi frustrada, e alguns trechos estavam em condições até piores do que antes. “De certa forma, a qualidade da água do rio piorou. Houve deslocamento das concentrações de metais pesados para o Baixo Paraopeba, na altura de Pompéu, Juatuba e no reservatório de Retiro Baixo”, explicou Malu Ribeiro, coordenador do projeto, ao Estadão.

Limite ultrapassado

Segundo o estudo, a água do rio apresenta níveis muito acima dos permitidos em quantidade de cobre, ferro e manganês. A concentração de cobre é 44 vezes superior ao limite fixado na legislação, enquanto a do manganês é 14 vezes maior. Já o ferro squer deveria existir em um rio como Paraopeba, avaliado como classe 2, e tem concentração que ultrapassa em 15 vezes o limite.

Muito questionada nos últimos dias pela maneira que vem conduzindo as reparações, a Vale diz que “os resultados obtidos até o momento não apontam efeitos tóxicos nas amostras por causa da presença de rejeito”.

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