O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez um pronunciamento em rede nacional de televisão e rádio nesta quarta-feira (23) e disse que o governo pediu explicações à Venezuela sobre o óleo que polui praias da região Nordeste.
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Análises já apontaram que o produto é de origem venezuelana, mas ainda não se sabe como ele foi parar na costa brasileira. As primeiras manchas surgiram em 30 de agosto, e o óleo atingiu os nove estados nordestinos.
Segundo Salles, o presidente Jair Bolsonaro determinou o envio de uma solicitação formal à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que a Venezuela se explique sobre o assunto. "Esse processo investigativo tem como principal objetivo determinar as causas e origens desse óleo e, com isso, não apenas fazer cessar o seu aparecimento no litoral brasileiro, mas também obter informações que nos permitam responsabilizar aqueles que tenham contribuído para esse desastre ambiental", disse o ministro.
Ricardo Salles também se explicou sobre o Plano Nacional de Contingência (PNC), criado em 2013 e que, de acordo com a BBC Brasil, não foi acionado pelo governo. No pronunciamento, o ministro disse que o "Grupo de Acompanhamento e Avaliação", composto pelo Ibama, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Marinha, está seguindo as diretrizes estabelecidas pelo PNC.
"Seguindo a orientação prevista no Plano Nacional de Contingência, foi designada a Marinha do Brasil para desempenhar o papel de coordenação operacional, estabelecendo salas de comando e controle nas cidades de Salvador e Recife", declarou.
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Desde a última terça (22), 5 mil militares do Exército também participam da limpeza do óleo das praias, que até o momento vem sendo capitaneada por voluntários e moradores locais. Em Itapuama (PE), as pessoas chegaram a escrever um pedido de socorro na areia.