Neste sábado (19), manchas de óleo foram registradas no litoral sul da Bahia, chegando em dois pontos turísticos da região: Itacaré e Ilhéus, 248 km e 310 km de Salvador, respectivamente. Na segunda-feira (14), o governador em exercício João Leão pediu apoio do Governo Federal e declarou estado de emergência nos municípios afetados pelo desastre ambiental.
Em Itacaré, as praias atingidas pelo óleo são Itacarezinho, Tiririca e Resende. Já em Ilhéus, as manchas foram encontradas em Olivença. Todos os locais citados são muito frequentados por turistas que visitam a região.
Além disso, a Bahia também registrou poluição pelo óleo em 11 praias de Salvador, incluindo pontos turísticos como o Farol da Barra, e na Ilha de Itapatica, que marcou a entrada do óleo na baía de Todos-os-Santos. Até às 18h de sexta-feira (18), 90 toneladas de óleo haviam sido recolhidas na capital.
Leia também: Governo Bolsonaro extinguiu comitês do plano de ação de incidentes com óleo
Manchas de óleo
A presença da manchas de óleo no litoral do Nordeste foi notada no fim de agosto. Segundo o relatório do Ibama, o primeiro local contaminado foi a Praia Bela, em Pitimbu (PB), no dia 30 de agosto. A partir de então, a substância escura e pegajosa se espalhou pelos nove estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).
A Polícia Federal (PF), a Marinha e os órgãos ambientais brasileiros tentam agora esclarecer como o material chegou às águas territoriais do Brasil e poluiu trechos das praias nordestinas.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, entre as hipóteses estão um possível vazamento acidental em alguma embarcação ainda não identificada; derramamento criminoso do material por motivos desconhecidos ou eventual limpeza do porão de um navio.
Na semana passada, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse em audiência pública na Câmara dos Deputados que análises laboratoriais confirmaram que a substância não provém da produção da estatal petrolífera.