Em visita a Antananarivo, capital de Madagascar , o papa Francisco afirmou neste sábado (7) que o "desmatamento excessivo" e a degradação das florestas comprometem o futuro do planeta. Assim como o Brasil, o país africano, segunda etapa da viagem do Pontífice pelo continente, luta contra inúmeros focos de incêndios florestais que ameaçam sua biodiversidade.
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"A sua bela ilha de Madagascar é rica em biodiversidade vegetal e animal, e essa riqueza está particularmente ameaçada pelo desmatamento excessivo em benefício de poucos. Sua degradação compromete o futuro do país e de nossa casa comum", alertou o Papa Francisco , em encontro com autoridades políticas malgaxes.
A preservação do meio ambiente é uma das bandeiras do pontificado de Francisco e tema de sua primeira encíclica, a "Louvado seja", na qual ele defende a criação de um novo modelo de desenvolvimento.
"Aprendemos que não podemos falar de desenvolvimento integral sem prestar atenção em nossa casa comum. Não há duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas apenas uma e complexa crise socioambiental", acrescentou.
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O Papa reconheceu que muitas atividades que prejudicam o meio ambiente são a única forma de sobrevivência para muitas pessoas, porém destacou que é importante criar "trabalho e atividades geradoras de renda que respeitem" a natureza.
"Não pode existir uma verdadeira abordagem ecológica ou uma concreta ação de proteção do ambiente sem uma justiça social que garanta o direito à destinação comum dos bens da terra às gerações atuais e futuras", disse.
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Após a reunião com as autoridades, Jorge Bergoglio e o presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, plantaram uma árvore para celebrar a visita do Pontífice. A ilha é a segunda etapa da viagem do Papa Francisco à África, que começou em Moçambique e terminará em Maurício.