Ricardo Salles
Jorge William/Agência O Globo
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, respondeu a carta assinada pelo ex-ministros

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi às redes sociais para responder uma carta assinada por oito ex-responsáveis pela pasta, que atacaram o que chamaram de "desmonte" do ministério. 

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No texto, os ex-ministros do Meio Ambiente Rubens Ricupero, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Carlos Minc, Izabella Teixeira, José Sarney Filho e Edson Duarte reclamam que as atuais políticas para o Meio Ambiente "vão na direção oposta" à da promoção da "consolidação e o fortalecimento da governança ambiental e climática". Para o grupo, as iniciativas em curso "comprometem a imagem e a credibilidade internacional do país".

"A governança socioambiental no Brasil está sendo desmontada, em afronta à Constituição", protesta o grupo. "Estamos assistindo a uma série de ações, sem precedentes, que esvaziam a sua capacidade de formulação e implementação de políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente."

Em uma carta oficial de três páginas divulgada nas redes sociais, Ricardo Salles se defendeu das críticas dos ex-ministros. "Recebo com satisfação a carta subscrita por alguns ex-ministros", escreveu.

"Ao tratar, por outro lado, de medidas que supostamente colocariam em risco a imagem e credibilidade internacional do País, não indicam nenhum aspecto concreto e específico que se sustente e que possa ser imputado a este Governo ou à presente gestão do Ministério do Meio Ambiente", atacou.

O ministro ainda citou algumas medidas tomadas desde que assumiu e ainda atacou "gestões passadas" por terem, supostamente, deixado as estruturas públicas sucateadas.

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Salles ainda atacou o que chamou de "preconceito ideológico" dos ex-ministros. "O que vem causando prejuízos à imagem do Brasil é a permanente e bem orquestrada campanha de difamação promovida por ONGs e supostos especialistas, para dentro e para fora do Brasil, seja por preconceito ideológico ou por indisfarçável contrariedade face às medidas de moralização contra a farra dos convênios, dos eternos estudos, dos recursos transferidos, dos patrocínios, das viagens e dos seminários e palestras", escreveu.

No final do documento, o ministro disse que está seguindo a linha política determinada pelo presidente Jair Bolsonaro : "Essa é a missão de conciliação da preservação e defesa do meio ambiente com o necessário e impostergável desenvolvimento econômico, determinada pelo Sr. Presidente da República, que este Ministério do Meio Ambiente, juntamente com os demais órgãos do Governo, se dispõem a cumprir", explicou Ricardo Salles .

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